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Brasil

Bolsonaristas resgatam Adélio para esconder os 4 anos da morte de Marielle

"O bolsonarismo tenta roubar o protagonismo de uma mulher negra, LGBTQIA+, de origem pobre", escreve Leo nardo Sakamoto

Adelio Bispo e Marielle Franco (Foto: Reuters | Mídia Ninja)
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247 - "Para tentar encobrir a repercussão dos quatro anos de impunidade da execução da vereadora Marielle Franco e de seu motorista Anderson Gomes, nesta segunda (14), as redes sociais e aplicativos de mensagens bolsonaristas estão bombando o nome de Adélio Bispo - responsável pelo atentado contra o então candidato Jair Bolsonaro em setembro de 2018. O nome dele chegou a ser um dos assuntos mais tuitados nesta manhã, inclusive sendo postado como resposta a publicações cobrando solução para o caso de Marielle, sem rivalizar, contudo, com o nome da vereadora", escreve Leonardo Sakamoto, em sua coluna no portal UOL.

"O caso de Marielle segue em aberto. Os ex-policiais Ronnie Lessa, vizinho do presidente da República, e Élcio de Queiroz foram presos acusados de serem os executores e aguardam julgamento. Cinco delegados já estiveram à frente da investigação mas, até agora, os mandantes não foram apresentados, nem o porquê. Suspeita-se do envolvimento de milícias e de políticos.  Já o caso de Bolsonaro foi resolvido pela própria Polícia Federal que investigou e apontou Adélio Bispo como alguém com transtornos mentais que planejou e esfaqueou Jair em um ato solitário. Por decisão da Justiça, ele está internado por tempo indeterminado.", diz Sakamoto.

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O jornalista acrescenta que "como os fatos apurados pela PF não são interessantes ao bolsonarismo, que insiste em um complô, o presidente, seus familiares e apoiadores têm espalhado uma teoria da conspiração sem fundamentos de que houve uma trama de esquerda para executá-lo - teoria que vem sendo repetidamente resgatada neste ano eleitoral". 

Sakamoto reforça que "essas postagens do bolsonarismo, em uma data simbólica como a do aniversário da execução de Marielle, tentam substituir o nome da vereadora pelo do presidente como a principal vítima de um atentado político não resolvido no Brasil - por mais que, repito, todos já saibam quem o atacou e, no caso dela, a polícia não tenha apontado um responsável. Ou seja, até na morte, o bolsonarismo tenta roubar o protagonismo de uma mulher negra, LGBTQIA+, de origem pobre.

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