Bolsonaro defende BRICs e diz que bloco é motor para renda e segurança dos povos
"O trabalho desenvolvido pelo BRICS é motor para a renda e segurança de nossos povos", afirmou Jair Bolsonaro. "Os BRICS precisam reconhecer as aspirações legítimas de Índia, Brasil e África do Sul em relação a esse assunto", disse ele, que, no entanto, adotou uma política subserviente aos EUA e deixou o Brasil como pária internacional
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Agência Sputnik - O presidente do Brasil, Jair Bolsonaro, discursa durante Cúpula de Chefes de Estado dos BRICS, grupo que reúne Rússia, Brasil, China, Índia e África do Sul.
Nesta terça-feira (17), a Cúpula de Chefes de Estado do BRICS se reúne em formato de videoconferência. A reunião é presidida pelo presidente da Rússia, Vladimir Putin, e conta com a presença de seus homólogos brasileiro, Jair Bolsonaro, chinês, Xi Jinping, sul-africano, Cyril Ramaphosa, e do primeiro-ministro da Índia, Narendra Modi.
O presidente brasileiro saudou a Rússia pela presidência, que não teria deixado o ritmo da cooperação diminuir diante da pandemia.
"O trabalho desenvolvido pelo BRICS é motor para a renda e segurança de nossos povos", disse o presidente brasileiro.
O presidente disse estar certo de haver espaço para interação comercial e aproximação dos setores privados dos países.
Para superar crise, o "Brasil também busca vacina própria, além de combate às emissões de carbono", disse Bolsonaro.
O presidente lembrou que "desde o começo da pandemia" criticou a maneira como a comunidade internacional lidou com a pandemia, em particular organizações como a Organização Mundial da Saúde (OMS).
"Precisamos reformar instituições internacionais como a OMS e a Organização Mundial do Comércio", reiterou Bolsonaro.
Para o presidente, foi a "coordenação entre os nossos países" e não "os organismos internacionais que combateram o vírus".
O presidente levantou a necessidade da reforma do Conselho de Segurança da ONU.
"Os BRICS precisam reconhecer as aspirações legítimas de Índia, Brasil e África do Sul em relação a esse assunto", referiu o presidente brasileiro.
O presidente falou sobre o controle de exportação ilegal de madeira, dizendo que países que importam essa madeira são também responsáveis pelo mau uso do meio ambiente.
"Estaremos revelando nos próximos dias quais são os países que importam essa madeira ilegal da Amazônia", disse o brasileiro, afirmando que vários dos países estão entre os que criticam seu governo.
Após o discurso de Bolsonaro, Putin concordou que a Amazônia e as florestas russas são os pulmões do mundo, e que por isso Rússia e Brasil devem ter papel central no combate às mudanças climáticas.
O presidente russo também disse concordar com Bolsonaro quando o assunto é politização da pandemia.
"Concordo plenamente e tenho certeza que nossos demais colegas [do BRICS] também nos apoiam", disse Putin.
A Cúpula de Chefes de Estado do BRICS deve ser finalizada pela assinatura de documentos conjuntos sobre contraterrorismo e combate ao narcotráfico e à corrupção.
Além disso, os países devem aprovar a Declaração Conjunta anual e o Plano de Ação da Parceira Estratégica 2020-2025.
"É preciso que o BRICS se coordene para apoiar as legítimas aspirações de Índia, Brasil e África do Sul a assentos permanentes no Conselho de Segurança [da ONU]", concluiu o presidente brasileiro.
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