"Bom saber que o senhor não tem medo", diz Eduardo Bolsonaro a Major Olímpio citando ItaipuGate

247 - O bate-boca nas redes sociais entre os filhos de Jair Bolsonaro e o líder do PSL no Senado, Major Olímpio (SP), continua e os ataques e ofensas elevam a temperatura entre os correligionários do partido.

Depois de um fim de semana de troca de farpas com o vereador Carlos Bolsonaro (PSC-RJ), que chamou Olímpio de "bobo da corte", ao reproduzir uma fala em que o senador disse que os filhos de Bolsonaro se comportam como se estivessem numa monarquia, nesta terça (15), o deputado Eduardo Bolsonaro (PSL-SP) resolveu partir para o ataque.

O requerimento do deputado Rui Falcão (PT-SP) para convocar o assessor especial de Jair Bolsonaro para Assuntos Internacionais, Filipe Martins, para depor na CPMI das Fake News foi o motivo do novo bate-boca. O requerimento chama Filipe de “influenciador digital” e tem como principal argumento a reportagem de Felipe Moura Brasil “Os blogueiros de crachá”, publicada na Crusoé na última sexta-feira (11). 

"Rui Falcão convocando Filipe Martins para a CPMI da fake news.  CPMI esta que contou com a assinatura de Maj.Olímpio. Quem precisa do PT com tanta gente "ajudando" o PR assim?", escreveu Eduardo.

Major Olímpio rebateu dizendo que "27 senadores, que tem apoiado o governo, assinaram a CPMI, inclusive 3 Senadores do PSL orientados pelo líder do Governo". E continuou: "A CPMI foi proposta pelo DEM, partido que tem 3 ministros no governo e do Senador que seu primo Léo Índio trabalha e que assinou e é vice-líder do governo".

Eduardo não se conteve e voltou as redes para responder compartilhando um vídeo postado pelo Major em que afirma que quem tem medo da CPMI da fake news "é quem deve".

"Bom saber que o senhor não tem medo. Da próxima vez que o PSOL pautar na CREDN convite para o seu suplente Giordano vir falar sobre Itaipu lembrarei deste vídeo", escreveu. Ele se refere ao suplente do Major, Alexandre Giordano, que está envolvido no ItaipuGate, negociações polêmicas entre o governo Jair Bolsonaro e o do Paraguai, executivos da Léros que realizaram pelo menos duas viagens em aviões privados ao país vizinho em abril e junho deste ano para tratar de um acordo em que o pais vizinho pagaria mais caro pela energia proveniente de Itaipu.