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Cármen Lúcia dá sinais de estar mudando de posição e pode votar a favor de Lula

A ministra do STF Cármen Lúcia dá sinais de votos favoráveis nos processos que envolvem Lula. A magistrada, que já votou pela exclusão da delação de Antonio Palocci numa ação envolvendo o ex-presidente, teria ficado impressionada com o teor da chamada Vaza Jato, que apontou várias condutas antijurídicas de Sérgio Moro e de procuradores do MPF-PR

Cármen Lúcia e Lula (Foto: Rosinei Coutinho/STF | Ricardo Stuckert)
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247 - A ministra do Supremo Tribunal Federal Cármen Lúcia sinalizou que pode estar revendo a sua posição em relação ao ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva. A magistrada já tinha votado pela exclusão da delação premiada do ex-ministro Antonio Palocci na ação em que o petista é acusado de receber propina da Odebrecht. Além dessa decisão do Supremo, Lula já tem sete processos arquivados por falta de consistência jurídica

Segundo a Coluna do Estadão, Cármen teria ficado impressionada com o teor da chamada Vaza Jato. Interlocutores dela afirmaram que a ministra também se comoveu ao ouvir relatos sobre o impacto e a reação de Marisa Letícia após as divulgações pela Operação Lava Jato de diálogos reservados da família Lula da Silva.

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As mensagens da Vaza Jato apontaram que Sérgio Moro agia como uma espécie de assistente de acusação, auxiliando procuradores na elaboração de denúncias. Ou seja, ele violava a equidistância entre quem julga e quem acusa. Moro sugeriu, por exemplo, inversão de ordem de fases da Operação Lava Jato e questionou a capacidade de a procuradora Laura Tessler interrogar o ex-presidente Lula.

O então juiz disse ao Ministério Público Federal (MPF-PR) que faltava uma informação na denúncia contra o réu Zwi Skornicki, representante da Keppel Fels, estaleiro que tinha contratos com a Petrobrás. Várias outras irregularidades foram constatadas.  

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Sobre Marisa Letícia, a Vaza Jato apontou que, em janeiro de 2017, procuradores do MPF-PR ironizaram a morte dela, então esposa de Lula e vítima de um AVC hemorrágico no hospital Sírio-Libanês, em São Paulo. 

Uma das ironias veio da procuradora Laura. "Ridículo... Uma carne mais salgada já seria suficiente para subir a pressão... ou a descoberta de um dos milhares de humilhantes pulos de cerca do Lula", disse. 

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O procurador Januário Paludo respondeu. "A propósito, sempre tive uma pulga atrás da orelha com esse aneurisma. Não me cheirou bem. E a segunda morte em sequência", afirmou ele, sem especificar à qual outra morte se referia.

O ex-presidente Lula foi condenado sem provas por Moro no processo do triplex em Guarujá (SP), acusado de ter recebido um apartamento como propina da OAS. Ele nunca dormiu nem tinha a chave do imóvel. 

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O ex-juiz foi contratado pela consultoria Alvarez & Marsal (A&M), com sede nos Estados Unidos. Em 2017, documentos da empresa comprovaram que o imóvel é da OAS

Ao apresentar a denúncia contra Lula em setembro de 2016, o procurador Henrique Pozzobon admitiu que não havia "provas cabais" de que Lula era o proprietário do triplex. 

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De acordo com reportagem do Intercept, publicada em junho de 2019, o procurador duvidava da existência de provas contra Lula, acusado de ter recebido um apartamento da OAS como propina. 

"No dia 9 de setembro de 2016, precisamente às 21h36 daquela sexta-feira, Deltan Dallagnol enviou uma mensagem a um grupo batizado de Incendiários ROJ, formado pelos procuradores que trabalhavam no caso. Ele digitou: 'Falarão que estamos acusando com base em notícia de jornal e indícios frágeis… então é um item que é bom que esteja bem amarrado. Fora esse item, até agora tenho receio da ligação entre petrobras e o enriquecimento, e depois que me falaram to com receio da história do apto… São pontos em que temos que ter as respostas ajustadas e na ponta da língua'", diz o site.

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Uma publicação revelou, ainda, que procuradores fizeram o possível para impedir entrevista de Lula antes do segundo turno, quando o Supremo Tribunal Federal acatou o pedido de entrevista da Folha de S.Paulo.

Moro recebeu o convite da equipe de Jair Bolsonaro ainda durante a campanha eleitoral de 2018 para ser ministro. Depois liberou a delação de Palocci a uma semana do primeiro turno para prejudicar o então candidato Fernando Haddad (PT). O ex-juiz deixou o cargo em abril deste ano apontando tentativas de interferências de Bolsonaro na Polícia Federal, o que está sendo investigado pelo STF. 

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