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Brasil

Governo Bolsonaro já contamina imagem das Forças Armadas e até das Igrejas

Pesquisa do Instituto da Democracia mostra queda de 7 pontos percentuais na confiança nas Forças Armadas desde 2018; confiança nas igrejas caiu de 35,2% para 29,7% no mesmo período

(Foto: Marcos Corrêa/PR | Alan Santos/PR)
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247 - Um levantamento feito pelo Instituto da Democracia, grupo que reúne pesquisadores de onze instituições no Brasil e no exterior, apontou que o sentimento de confiança aos militares caiu sete pontos percentuais desde 2018, de 33,9% para 27%. De acordo com as estatísticas, 58,9% entendem que a presença deles em cargos de primeiro e segundo escalão não ajuda a democracia. É quase o dobro dos 30,1% que não veem problema. No caso das igrejas, a confiança caiu de 35,2% para 29,7% desde 2018. Os dados foram publicados no jornal Valor Econômico

“O eleitorado começa a se afastar dos temas mais clássicos do bolsonarismo”, afirmou o cientista político Leonardo Avritzer, da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG) e um dos coordenadores do estudo. “O brasileiro tinha muita confiança nas Forças Armadas e nas igrejas. Já não tem mais tanto assim. A confiança não desabou, mas há sinais de deslocamento.” 

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Segundo a pesquisa, apenas 25,3% dos pesquisados veem justificativa em um golpe militar numa situação de muita criminalidade. De cada dez brasileiros, sete dizem “não” a essa hipótese. A taxa era de 55,3% em 2018. No ano seguinte o percentual baixou para 40,3%. Os dados foram publicados no jornal Valor Econômico. 

A pesquisa foi feita entre 30 de maio e 5 de junho, uma semana após o ministro-chefe do Gabinete de Segurança Institucional, Augusto Heleno, dizer que a eventual apreensão do celular de Jair Bolsonaro autorizada pelo ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Celso de Mello poderia ter “consequências imprevisíveis”. 

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Numa situação de muita corrupção, pouco menos da metade da população pesquisada (47,8%) concordava que um golpe “seria justificável” em 2018. Atualmente, o percentual é de 29,2%. Para 65,2%, corrupção não é justificativa para golpe militar. 

O levantamento mostrou que 79,2% rejeitam a ruptura institucional associada ao alto índice de desemprego ou 78% são contra o fechamento do Congresso Nacional ante uma situação de muita dificuldade.

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O Instituto da Democracia é formado por grupos de pesquisas de quatro instituições principais: UFMG, Unicamp, Iesp/Uerj, e UnB. Participam outras cinco instituições nacionais (USP, UFPR, UFPE, Unama e IPEA) e duas estrangeiras (CES/UC e UBA). 

O estudo foi financiado pela Fundação de Amparo à Pesquisa de MG. Foram ouvidas 1.000 pessoas por telefone. A margem de erro é de 3,1 pontos percentuais.

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