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Brasil

Governo Lula avalia revogar isenção de visto para estadunidenses por falta de reciprocidade

Além dos estadunidenses, também está em análise a revogação do "passe livre" para entrada no Brasil de pessoas provenientes do Canadá, Japão, Austrália, Afeganistão e Haiti

(Foto: Alan Santos/PR)
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 Sputnik - O grupo de trabalho de política externa do governo Lula continua a analisar a eficácia das medidas tomadas pela gestão anterior, e no quesito visto, o governo vigente está considerando revogar a possibilidade de estadunidenses entrarem no país sem visto, revertendo uma determinação de 2019 assinada pelo então presidente, Jair Bolsonaro.

Segundo a coluna de Jamil Chade no UOL, o governo solicitou ao Itamaraty uma avaliação interna sobre o impacto que a medida teve para o fluxo de turistas no Brasil, e as primeiras análises mostraram que a decisão "teve um efeito mínimo na entrada de americanos" e a concessão "não mudou de forma significativa a realidade do turismo no Brasil".

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 Outro ponto que também pesa sobre o fato, é que na diplomacia, o valor da reciprocidade é indispensável, e os Estados Unidos não liberaram entrada de brasileiros no país, ou seja, a abertura aconteceu de um lado só.

Além do país norte-americano, o governo também analisa revogar vistos para japoneses, australianos e canadenses, relata a mídia. Na avaliação do grupo, "a norma vigente vai de encontro ao princípio da reciprocidade", como mencionado acima. Ou seja: os brasileiros continuam precisando de vistos para entrar nesses países, apesar da oferta feita por Bolsonaro.

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"Ademais, não há dados que indiquem qualquer tipo de ganho com o atual regime de isenção. Ao contrário, o decreto implica perda significativa de recursos de renda consular", destacou o documento do grupo de transição.

Ao mesmo tempo, há também uma preocupação com pedidos de vistos provenientes do Haiti e do Afeganistão. O grupo diz que "o Brasil é o único país que continua a emitir vistos humanitários em grande escala para afegãos".

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"A situação de haitianos e afegãos é crítica. No caso do Haiti, a sustentabilidade da política de vistos, nos primeiros meses de governo, dependerá da situação de segurança para funcionamento da embaixada e do volume de demandas relacionadas a pedidos de reunião familiar, que têm prioridade legal. No caso do Afeganistão, será necessária atenção à capacidade de processamento de pedidos e de acolhida local", destacou o texto citado pela mídia.

O grupo ainda pontua que "em razão da escassez de opções de acolhida em terceiros países, a demanda pelo visto brasileiro tem sido bem superior ao que se havia estimado. Apenas na embaixada em Teerã, há sete mil agendamentos pendentes".

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As informações fazem parte do raio X que foi produzido pela transição. Apesar de ter concluído sua função ainda em dezembro, o grupo de trabalho não havia divulgado publicamente os resultados de sua análise.

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