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Brasil

Justiça manda governo Bolsonaro reforçar buscas por jornalista e indigenista na Amazônia

A PM do Amazonas prendeu Amarildo da Costa de Oliveira, cuja lancha teria sido vista perseguindo o barco de Pereira e Phillips após eles terem deixado a comunidade São Rafael

Jornalista Dom Phillips e o indigenista Bruno Pereira (chapéu) (Foto: Ministério da Defesa/Divulgação via REUTERS)
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(ANSA) - A Justiça Federal ordenou que o governo do presidente Jair Bolsonaro envie imediatamente helicópteros, embarcações e equipes de resgate para buscar o indigenista Bruno Pereira e o jornalista britânico Dom Phillips, desaparecidos em uma área remota da Amazônia desde o último domingo (5).

A medida é fruto de uma ação da Defensoria Pública da União, do Ministério Público Federal e da União dos Povos Indígenas do Vale do Javari (Univaja) contra a inércia da gestão Bolsonaro para encontrar os desaparecidos. Até o momento, a Marinha disse ter deslocado apenas um helicóptero, duas embarcações e uma moto aquática para as operações.

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"Determino à ré União que efetive imediatamente obrigação de fazer no sentido de viabilizar o uso de helicópteros, embarcações e equipes de buscas, seja da Polícia Federal, seja das Forças de Segurança ou das Forças Armadas, tendentes a localizar Bruno Pereira e Dom Phillips", diz a decisão da juíza Jaiza Maria Pinto Fraxe, da 1ª Vara Federal Cível do Amazonas.

A Terra Indígena Vale do Javari fica no oeste do Amazonas e cobre uma área de 8,5 milhões de hectares, um território maior que países como Áustria e Irlanda.

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Pereira, servidor licenciado da Fundação Nacional do Índio (Funai), e Phillips, colaborador do jornal The Guardian, visitaram uma localidade conhecida como Lago do Jaburu em 3 e 4 de junho para a realização de entrevistas com indígenas.

Eles deveriam ter chegado na cidade de Atalaia do Norte (AM) na manhã de domingo, porém não deram mais notícias desde que saíram da comunidade ribeirinha São Rafael.

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A esposa de Phillips, Alessandra Sampaio, divulgou na última terça (7) um vídeo no qual faz um apelo emocionado ao governo federal e aos órgãos competentes para que intensifiquem as buscas.

"A gente ainda tem um pouquinho de esperança de encontrar eles. Mesmo que eu não encontre o amor da minha vida vivo, eles têm que ser encontrados, por favor. Intensifiquem essas buscas", afirmou.

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Já o presidente Bolsonaro disse ao SBT, também na terça, que espera que Pereira e Phillips sejam "encontrados brevemente", mas acrescentou que não é "recomendável" fazer uma "aventura" do tipo na Amazônia.

O indigenista era presença frequente na região do desaparecimento, enquanto o jornalista já fez diversas reportagens na floresta, tanto que as famílias e organizações indígenas consideram pouco provável que eles tenham se perdido.

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Prisão

Segundo o jornal O Globo, a PM do Amazonas prendeu um suspeito, Amarildo da Costa de Oliveira, cuja lancha teria sido vista perseguindo o barco de Pereira e Phillips após eles terem deixado a comunidade São Rafael.

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O indigenista era alvo frequente de ameaças por conta de seu trabalho com comunidades indígenas para evitar invasões de pescadores, madeireiros e garimpeiros, em uma região que concentra o maior número de povos isolados no mundo. 

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