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‘Lista tríplice para PGR é panelinha’, diz Wadih Damous

Embora tenha feito críticas ao autoritarismo de Bolsonaro e seu desprezo pela democracia, o advogado ponderou que esse comportamento não está atrelado ao fato de Bolsonaro ter ignorado a lista tríplice para a recondução de Augusto Aras. “Acho correto desprezar a lista tríplice”, afirmou à TV 247. Assista

(Foto: Edilson Rodrigues - Agência Senado)
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247 - O ex-deputado federal e ex-presidente da OAB-RJ Wadih Damous comentou na TV 247 a decisão de Jair Bolsonaro de indicar o procurador-geral da República, Augusto Aras, para mais um mandato de dois anos no cargo. Sobre o fato de Bolsonaro ter ignorado a lista tríplice apresentada pelo Ministério Público, Damous disse que, embora Bolsonaro seja autoritário e tenha desprezo pela democracia, isso não deve ser atribuído à sua escolha de não seguir a lista tríplice.

Para o ex-parlamentar, Bolsonaro acerta ao não levar em consideração a lista, mas erra ao escolher novamente Aras. “A questão é que ele está reconduzindo alguém que é mais fiel a ele do que a Constituição”.

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Para Damous, a lista tríplice é uma “panelinha” entre membros do Ministério Público Federal. “Acho correto desprezar a lista tríplice. Estou sendo muito franco e sincero. Primeiro: onde é que está na Constituição essa história de lista tríplice? Isso [a lista tríplice] democratiza mesmo? A Associação Nacional dos Procuradores da República é uma panelinha. O Ministério Público da União não se resume ao Ministério Público Federal, é isso que as pessoas têm que entender. O que integra o Ministério Público da União? O Ministério Federal, o Ministério Público do Trabalho, o Ministério Público Militar, os Ministérios Públicos dos estados, do Distrito Federal e dos territórios. O presidente pode pinçar de qualquer um desses Ministérios Públicos o procurador-geral da República. Por que tem que ser procurador da República? Onde é que está dito isso?”.

“Essa lista é uma lista corporativista, isso é panelinha. A Associação Nacional dos Procuradores da República forma uma lista tríplice entre eles, só entre o Ministério Público Federal, porque o restante dos Ministérios Públicos não participa”, defendeu.

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O ex-deputado afirmou que aconselhará o ex-presidente Lula, favorito para a eleição de 2022, a também ignorar a lista tríplice caso volte ao poder. “Se o presidente Lula se eleger em 2022, eu vou propor a ele: escolha um procurador do trabalho para ser o procurador-geral da República. Quem nomeia o procurador-geral da República, não tem jeito, é o presidente da República. Infelizmente o Bolsonaro é o presidente. Ele não está submetido a lista tríplice. A lista tríplice foi uma invenção, infelizmente, nossa, foi uma invenção do presidente Lula, e eu já tive a oportunidade de dizer isso a ele, foi um erro. Não é democracia, é democratismo”.

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