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Ministra da Agricultura, Tereza Cristina, defende mais gado contra queimadas: "o boi é o bombeiro do Pantanal"

"Aconteceu o desastre porque nós tínhamos muita matéria orgânica seca que, talvez, se tivéssemos um pouco mais de gado no pantanal, isso teria sido um desastre até menor do que nós tivemos este ano", disse a ministra da Agricultura, Tereza Cristina, sobre os incêndios que já destruíram mais de 25% do Pantanal

(Foto: ABr)
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247 - A ministra da Agricultura, Tereza Cristina, afirmou que os incêndios que já destruíram mais de 25% do Pantanal nos últimos meses poderiam ser menores caso houvesse mais gado pastando no bioma. Segundo ela, o boi é o "bombeiro do Pantanal".

“Eu falo uma coisa que às vezes as pessoas criticam, mas o boi ajuda, ele é o bombeiro do Pantanal, porque ele que come aquela massa do capim, seja ele o capim nativo ou seja o capim plantado, que foi feita a troca. É ele que come essa massa para não deixar que ocorra o que este ano nós tivemos. Com a seca, a água do subsolo também baixou em seus níveis. Essa massa virou o quê? Um material altamente combustível, incendiário”, disse Tereza Cristina nesta sexta-feira (9) durante audiência pública do Senado.  

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"Aconteceu o desastre porque nós tínhamos muita matéria orgânica seca que, talvez, se tivéssemos um pouco mais de gado no pantanal, isso teria sido um desastre até menor do que nós tivemos este ano. Mas isso tem de servir como reflexão do que temos de fazer", completou. 

O argumento utilizado por Tereza Cristina já foi utilizado pelo ministro do Meio Ambiente, Ricardo Salles, e por Jair Bolsonaro na defesa do aumento das áreas de pastagens em biomas como a Amazônia e o Pantanal. Para especialistas e ambientalistas, porém, a lógica do “boi bombeiro” é um mito. 

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Segundo reportagem do G1, o Greenpeace considera o argumento empregado pela ministra como “equivocado” e aponta a inércia e o desmonte da gestão ambiental pelo governo Bolsonaro como um dos pontos centrais no combate aos incêndios.  

“Diante de um cenário já previsto de seca severa, com focos de calor muito superiores à média desde março de 2019, não foram tomadas medidas efetivas de combate e prevenção aos incêndios, necessárias desde o primeiro semestre. Se não tivesse ocorrido um desmonte da gestão ambiental no Brasil, a situação não teria chegado a este nível de gravidade", destacou o Greenpeace em nota. 

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