Movimento nacional busca conquistar maioria progressista no Congresso

247 - Um grupo de dirigentes sindicais, políticos e intelectuais, sob coordenação do economista José Carlos de Assis, está organizando nacionalmente o Movimento pela Democratização do Congresso Nacional (MDCN), com o objetivo explícito de assegurar aos partidos progressistas maioria na Câmara e no Senado na próxima legislatura. "A República e o povo estão em risco", observa Assis, acentuando que a dimensão desse risco pode ser avaliada com um simples olhar crítico nas candidaturas dos 13 postulantes à Presidência.

"Não apenas impera nesse quadro a extrema mediocridade, como desponta no cenário eleitoral um candidato que se apresenta como de extrema direita – não de centro, não de direita, mas de extrema direita, com alguma chance de vitória", diz Assis. "Isso jamais se viu na história brasileira", acentua. O economista entende que a sociedade brasileira está sob o desafio da sociedade alemã do início dos anos 30, quando Hitler era apenas uma figura exótica, um radical que ninguém levava a sério num meio de alta cultura como o da Alemanha.

Na opinião de Assis, que ouviu a respeito alguns militares da ativa, os militares só intervirão no processo político diante de um caos generalizado. Há uma espécie de ressaca de 64. Isso dá ao Congresso uma responsabilidade especial de evitar o caos. Daí o imperativo de ganhar uma maioria progressista e democrática no Congresso. O economista observa que, quando expôs essas reflexões a um notável analista político, ouviu dele: "É muito difícil ganhar a maioria no Congresso". "Então, respondeu ele, você pensa que eu acho que é fácil?"

O MDCN não é o único com o objetivo de garantir maioria progressista no Congresso. A intenção de seu coordenador é, rapidamente, encontrar uma via comum por onde todos possam passar até a conclusão nas eleições. "Estamos contando com a colaboração dos blogs progressistas para fazer nossas mensagens chegarem ao público. É possível que não seja os 100 milhões apregoados pela Tevê Globo, mas podemos afirmar qualidade do produto, notadamente que não é um fake news da grande mídia", concluiu Assis.