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Brasil

“O racismo impacta a saúde mental dos negros”, diz Carol Dartora

Vereadora de Curitiba comentou o caso de um homem negro que foi obrigado a tirar a roupa para provar que não roubou em um supermercado da rede Assaí e afirmou ser mais um exemplo de como a saúde mental da população negra é constantemente posta em xeque. Assista

Carol Dartora (Foto: Assessoria da Vereadora Professora Liliam/CMC)
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247 - A vereadora de Curitiba (PR) Carol Dartora, em entrevista à TV 247, comentou o caso de racismo em um supermercado da rede Assaí em Limeira, no interior de São Paulo, onde um homem negro foi obrigado pelos seguranças do estabelecimento a tirar suas roupas para provar que não estava roubando produtos. 

O caso levou entidades a entrar na Justiça contra a rede Assaí, alegando "dano moral coletivo" e "racismo estrutural" praticados pela empresa.

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“Quando li o relato desse senhor que sofreu isso nessa rede Assaí, uma coisa me chamou muito a atenção. Primeiro, a questão da saúde mental da população negra. No relato, ele diz que os caras vieram para cima dele enquanto ele fazia uma pesquisa de preço no mercado. Isso me lembrou que eu nunca fiz pesquisa de preço, porque eu sei que eu nunca pude entrar numa loja e ficar perguntando o preço, porque a gente já sabe qual vai ser o resultado”, contou a vereadora. 

Dartora afirmou que o racismo impacta a saúde mental dos negros, que não podem sequer reagir aos diversos abusos aos quais são submetidos. “Minha família sempre ensinou: ‘entre e não fique perguntando, não toque em nada. A gente entra com as mãos para trás, não fica segurando e abrindo a bolsa. Vão achar que você está roubando alguma coisa’. Isso era a instrução dos meus pais dentro de casa. Então, eu sempre fui dentro de uma loja para comprar”, disse. 

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“A nossa saúde mental é posta em xeque o tempo todo, não é possível que a gente tenha saúde mental. Outra coisa que me chamou atenção nesse relato desse senhor do Assaí é ele falar que começou a chorar, porque ele sabia que não podia fazer nada, então, se ele reagisse violentamente, ia ser pior para ele. Ele ficou com tanto ódio e tanta raiva e queria reagir, mas começou a chorar porque estava com muito ódio. Então, nossa raiva e a nossa revolta são criminalizadas”, completou a vereadora. 

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