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Brasil

“Paulo Guedes e o extermínio dos negros andam de mãos dadas”, diz Jessé Souza

O sociólogo comentou a conexão entre o massacre da população negra no Brasil e as políticas econômicas promovidas por Paulo Guedes. Ele apontou que, mesmo com o orçamento sendo pago em maior parte por negros e pobres, são eles “que estão morrendo e que não têm nada”. Assista

Paulo Guedes e Jessé Souza
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247 - O sociólogo Jessé Souza, autor de “A Elite do Atraso”, em entrevista à TV 247, apontou a ligação entre o extermínio da população negra, como visto na chacina do Jacarezinho, e as políticas econômicas promovidas pelo ministro da Economia, Paulo Guedes. 

Questionado sobre a conexão entre o massacre da população negra e falas como a do ministro, que recentemente reclamou de “filho de porteiro na universidade, Jessé respondeu: “Claro. Essa é uma excelente questão. Obviamente é isso. Se você diz que negros e pobres não podem ter nenhum apoio, nenhuma ajuda, que essas pessoas estão aí para servir, para serem cuspidos, é uma classe que você pode humilhar, matar, passar por cima, atropelar, que você não vai preso. Então, você animaliza essas pessoas. Veja bem, esse pessoal é quem paga o orçamento público. No tipo de taxação que nós temos, 52% do orçamento público é pago por pessoas que ganham até dois salários mínimos. São exatamente os pobres e negros, que estão morrendo e que não têm nada, que pagam o orçamento, que depois é roubado pelos bancos. Não tem nenhum outro nome para isso. O que precisamos é de uma revolução de consciência. Essas coisas todas têm que ser rediscutidas entre nós, se ficarmos efetivamente livres desse sujeito na presidência o mais breve possível”.

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O sociólogo destacou a operação do que chamou de um “mecanismo doente” de opressão da sociedade brasileira. “No fundo, o recado dele é esse: ‘Não vamos gastar dinheiro com bobagem para pessoas que não vão aproveitar. Joguem esse dinheiro para nós, para os bancos’. Ele disse numa reunião ministerial que temos que ajudar as grandes empresas, pois se formos ajudar as pequenas empresas, é dinheiro jogado fora. É uma pena, porque se tem os pequenos empresários, que é uma gente de classe média baixa e que trabalha muito, mas já se considera melhor do que o cara que não tem coisa nenhuma, ele já se considera um opressor. É um mecanismo completamente doente da sociedade como um todo”, completou.

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