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Projetos do Casa Verde e Amarela são suspensos por alta nos custos, e ajustes prejudicam mais pobres

A alta no dólar leva construtoras a refletir os custos elevados no preço final das moradias, inviabilizando o financiamento do grupo 1, composto por famílias com renda de até R$ 2 mil. Associações tentam contornar o problema propondo menos barreiras de importação. 251 mil casas e apartamentos estão legados

(Foto: Marcos Corrêa/PR)
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247 - O programa Casa Verde e Amarela, rebatização do Minha Casa Minha Vida, vem passando por grandes dificuldades. A alta nos custos de importação de insumos leva construtoras a repassar o custo no valor final das propriedades, inviabilizando seu financiamento pela população mais pobre. 

"Hoje, fazer um produto no grupo 1 [famílias com renda mensal de até R$ 2 mil] é quase inviável. A gente não tem conseguido viabilizar mais", relata o presidente da Direcional Engenharia, Ricardo Ribeiro, conforme reportado no Estadão. "Tem vários projetos que não fazem mais sentido. O incremento dos custos inviabilizou muitos deles".

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Em 12 meses encerrados em fevereiro, o Índice Nacional de Custos da Construção (INCC) subiu 10.2%. Isso se deve principalmente à alta no dólar, causada por sua vez pela fracassada política econômica de Jair Bolsonaro e seu ministro da Economia, Paulo Guedes.

Os custos elevados levam as construtoras a enquadrar o grupo 1 no grupo 2, que atende famílias cuja renda varia entre R$ 2 mil e 4 mil. A transferência certamente permite a continuação dos projetos, mas exclui os mais pobres do mercado imobiliário.

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"Está praticamente inviável produzir imóveis para famílias com renda de até três salários mínimos. É muito preocupante", ressalta o sócio e presidente do conselho de administração da Plano & Plano, Rodrigo Luna. "A nova conjuntura de preços está colocando os imóveis em um patamar de precificação muito alto, o que acaba inviabilizando muitos projetos", complementa

As obras simplesmente pararam. Atualmente, existem 1.772 empreendimentos legados, que totalizam 251 mil casas e apartamentos e R$ 3.6 bilhões para conclusão.

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A Associação Brasileira de Incorporadoras Imobiliárias (Abrainc) e a Câmara Brasileira da Indústria da Construção (CBIC) buscam contornar o problema, pedindo ao governo federal, respectivamente, um corte temporário nos impostos de importação e a simplificação de normas técnicas para o uso de recursos estrangeiros em obras. 

O governo analisa as propostas, mas ainda não tomou uma decisão.

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