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Brasil

Reunião ministerial terá recado de Lula: anúncios e decisões passam por presidente

Com 37 ministros e diferentes graus de relação com Lula, os primeiros dias úteis do governo levaram a decisões e recuos, ministros anunciando propostas e sendo desmentidos

Lula é fotografado com todo o ministério no dia da posse - 01/01/2023 (Foto: REUTERS/Ricardo Moraes)
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BRASÍLIA (Reuters) - Depois de uma primeira semana com alguns ruídos de informação em seu ministério, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva pretende usar sua primeira reunião ministerial, na sexta-feira, para dar um recado claro: anúncios e decisões sobre programas e políticas passam primeiro pelo presidente.

Com 37 ministros e diferentes graus de relação com Lula, os primeiros dias úteis do governo levaram a decisões e recuos, ministros anunciando propostas e sendo desmentidos.

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A decisão de acabar com a desoneração dos combustíveis, e o recuo posterior, que atingiu diretamente o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, foi o ruído mais grave nesses primeiros dias. Causado pelo próprio presidente, que foi convencido da necessidade de acabar com subsídios mas depois, preocupado com o impacto nos preços, voltou atrás, levantou dúvidas no mercado sobre a capacidade de Haddad convencer Lula sobre medidas duras que precisam ser tomadas.

Na terça-feira, o ministro da Previdência, Carlos Lupi, em sua posse, defendeu que a última reforma do setor aprovada em 2019, fosse revista. Durante toda a campanha Lula nunca tinha mencionado o assunto.

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Por ordem do próprio presidente, os chamados ministros palacianos, Rui Costa (Casa Civil) e Alexandre Padilha (Relações Institucionais) foram a público negar a proposta de Lupi.

"Sexta-feira o presidente Lula já marcou a primeira reunião ministerial, para inclusive organizar e reafirmar. E ele acabou de me dizer, eu estava em reunião com ele, que qualquer proposta só será encaminhada, é evidente, depois da aprovação do presidente da República. Não há nenhuma proposta a ser analisada, pensada, neste momento para a revisão de reformas, seja a previdenciária, ou outra. Neste momento, não existe nada sendo elaborado", disse Costa depois da fala de Lupi.

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Ministros ouvidos pela Reuters confirmam que a intenção de Lula é dar um freio de arrumação nos desencontros dos primeiros dias, mas ressaltam que situações como essas são normais em início de governo --especialmente numa equipe heterogênea e formada por ministros com diferentes visões.

"Pessoal está entusiasmado, quer falar, quer apresentar suas ideias, é normal. Mas por isso que precisa o presidente dar as diretrizes como vai fazer na reunião", disse um ministro que pouco falou nesses primeiros dias.

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As rusgas chegaram até mesmo aos líderes do governo. Depois do senador Randolfe Rodrigues (Rede-AP), líder no Congresso, cobrar que o União Brasil, por ter três ministérios, teria que entregar "no mínimo 60% dos votos" no Senado e na Câmara, o líder na Câmara, José Guimarães, disse em entrevista ao jornal O Globo que era preciso "articular muito e falar menos".

Os líderes também estarão na reunião ministerial.

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O encontro, o primeiro em que os 37 irão sentar juntos para ouvir o presidente, também foi chamado para que Lula peça aos ministros propostas que o governo possa implementar rapidamente e um cronograma para os primeiros 100 dias.

"Vamos conversar um pouco sobre as medidas que cada ministério está analisando para os 100 dias, a partir dos relatórios da transição", disse o ministro de Relações Institucionais, Alexandre Padilha, ressaltando que Lula quer também um cronograma para as obras paradas.

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