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Brasil

Ricos gastam com educação privada o mesmo que os pobres gastam com tudo

Segundo a Pesquisa de Orçamentos Familiares, divulgada pelo IBGE, os gastos de uma família do grupo mais pobre no mês inteiro somam R$ 1.494 por mês, o que representa a despesa dos mais ricos apenas com educação. "Tem que ser muito hipócrita para apelar à 'meritocracia' num país como o nosso", comentou Guilherme Boulos

(Foto: Mídia Ninja)
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247 - A Pesquisa de Orçamentos Familiares (POF), divulgada pelo Instituto Brasileiro e Geografia e Estatística (IBGE), apontou que o valor gasto de uma família do grupo mais pobre no mês inteiro, com todos os tipos de despesas (R$ 1.494 por mês), representa o que uma família mais rica gasta apenas com educação. 

Foram divididas 70 milhões de famílias brasileiras em sete grupos de despesas - o mais pobre tendo o orçamento de quase R$ 1.500 e o mais rico, R$ 27.234, valor 18 vezes maior (leia mais na reportagem da Revista Piauí).

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De acordo com o levantamento, a cada domicílio do grupo mais rico, existem nove domicílios do grupo mais pobre.

As despesas com a casa e com alimentação comprometem mais da metade do orçamento das famílias pobres. A cada R$ 100 em gastos, R$ 39 vão para moradia e mais R$ 22 para comida. Sobram apenas R$ 39 para pagar todas as outras contas. 

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Entre as famílias mais ricas, a cada R$ 100 em despesas, R$ 22 vão para habitação e R$ 8 para alimentação, sobrando R$ 70.

Segundo a pesquisa, a cada R$ 100 com gastos de saúde, R$ 70 foram para comprar medicamentos entre as famílias mais pobres. Entre as mais ricas, os remédios ficaram com apenas R$ 26 de cada R$ 100 em despesas com saúde. O maior gasto foi com plano de saúde.

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A PEC do Teto dos Gastos agrava ainda mais a desigualdade em relação aos direitos sociais do povo. De acordo com esta proposta, os investimentos públicos ficam congelados por 20 anos. O projeto foi aprovado no governo Michel Temer e apoiado por Jair Bolsonaro quando ele era deputado federal. 

Outro detalhe é que o governo Bolsonaro abre espaço para a iniciativa privada atuar na Educação alegando falta recursos financeiros. Bolsonaro também critica universidades públicas alegando ideologização favorável à esquerda, e suspende investimentos em pesquisas, que estão predominantemente nas universidades públicas.

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O ministro da Educação, Abraham Weintraub, ficou 18 de seus 47 anos no Banco Votorantim, onde trabalhou como economista-chefe. Em julho, o governo lançou o programa Future-se para aumentar a participação de verbas privadas no orçamento universitário, já rejeitado pela maioria das universidades federais.

Elizabeth Guedes, irmã do ministro da Economia, Paulo Guedes, também é vice-presidente e proprietária da Associação Nacional das Universidades Particulares (Anup).

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