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Tijolaço: O Brasil real virou inimigo do Brasil oficial

"E agora, restou a este Brasil real a constatação de que este Brasil oficial não apenas não é o dele, mas é contra ele", avalia o jornalista Fernando Brito, após a confirmação da condenação do ex-presidente Lula por 3 a 0 pelo TRF-4; "O ressentimento é o pior dos venenos. Estamos vendo como é tóxico a um país, neste que é deles, por um quase nada. Mas veremos o do povão, e por muito, e isso só anuncia dias difíceis", diz Brito

"E agora, restou a este Brasil real a constatação de que este Brasil oficial não apenas não é o dele, mas é contra ele", avalia o jornalista Fernando Brito, após a confirmação da condenação do ex-presidente Lula por 3 a 0 pelo TRF-4; "O ressentimento é o pior dos venenos. Estamos vendo como é tóxico a um país, neste que é deles, por um quase nada. Mas veremos o do povão, e por muito, e isso só anuncia dias difíceis", diz Brito (Foto: Aquiles Lins)
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Por Fernando Brito, do Tijolaço - Da leitura dos jornais, na ressaca da condenação de Lula, ontem, fixo a atenção no texto escrito por Janio de Freitas ontem (e publicado hoje, pela Folha), onde se diz:

Resumo: amanhã (hoje), no Brasil, não é outro dia. 

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Respeitosamente, discordo do mestre Janio.

Hoje é, sem qualquer dúvida, um dia pior do que ontem.

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Perdemos, em algum grau, a tranquilidade que é dada às pessoas no mundo civilizado, a de que estão imunes a processos judiciais sem pé nem cabeça e que são as eleições livres que governam, em última instância a política.

Constatamos que, mais do que se poderia imaginar, o uso abusivo do poder de julgar – na essência, concedido pela sociedade e não um direito derivado dos concursos público – chegou ao requinte de, além de marcar julgamentos “per saltum”,  combinar uma incrível coincidência não apenas no veredito, mas na duração da pena, como forma de estreitar os recursos do réu a meras formalidades, para afastá-lo do processo eleitoral.

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Ficamos piores, mestre Janio, porque vimos crescer uma maré de ódio, onde se quer resolver as disputas políticas na base do “prende e cassa”, como na ditadura, e desta vez com apoio muito além dos marombeiros de academia ou de velhinhos recalcados, que não têm outro paraíso senão inventar um passado de felicidade em que jamais viveram.

Piores, sobretudo, porque todos desejávamos, embora utópico, que o processo de afirmação das maiorias, ainda que vagaroso, pudesse ser feito em paz e com todos, porque ele avançou quase sem tirar nada dos que se julgam superiores, talvez nada além da exclusividade nos aviões, nas universidades  e nos shoppings.

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E agora, restou a este Brasil real a constatação de que este Brasil oficial não apenas não é o dele, mas é contra ele.

O ressentimento é o pior dos venenos.

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Estamos vendo como é  tóxico a um país, neste que é deles, por um quase nada.

Mas veremos o do povão, e por muito, e isso só anuncia dias difíceis.

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