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CPI Covid

Reverendo Amilton diz ter sido "usado" pela Davati e conta que sua entidade receberia doação após a venda de vacinas

O reverendo, que intermediou as negociações entre a Davati e o Ministério da Saúde, diz ter sido levado a colaborar por "razões humanitárias", mas que saiu de campo quando percebeu que a Davati não teria as 400 milhões de vacinas que ofertava

Amilton Gomes de Paula (Foto: Reprodução/Facebook/Senah)
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247 - Amilton Gomes de Paula, o "reverendo Amilton", ligado à Igreja Batista, disse à CNN Brasil ter sido usado pela Davati Medical Supply no caso da negociação de 400 milhões de doses da vacina da AstraZeneca com o Ministério da Saúde.

O reverendo Amilton é apontado como o intermediário entre os representantes da Davati e a Saúde. Em um intervalo de duas semanas, o líder religioso se reuniu com dois diretores do Ministério da Saúde e com o então secretário-executivo. Reverendo Amilton chegou a ser nomeado pela Davati como representante da empresa perante o ministério.

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O religioso, no entanto, afirma ter sido "usado" pela empresa e chama os representantes da Davati de “picaretas”. Apesar de já ter tirado foto com o senador Flávio Bolsonaro (Patriota-RJ) e ter cumprimentado o deputado federal Hélio Lopes (PSL-RJ), amigo de Bolsonaro, Amilton nega ter conexões políticas.

O reverendo diz ter sido levado a ajudar na venda de vacinas por “razões humanitárias” e contou ter recebido um telefonema do presidente mundial da Davati, Herman Cárdenas, no qual ouviu a promessa de que caso a compra das vacinas pela Saúde fosse concretizada, receberia "doações" para sua entidade religiosa, a Senah (Secretaria Nacional de Assuntos Humanitários). “Doações como a que ele já tinha feito a outras instituições internacionais. Ele faria também para a Senah por essa participação. Ele tinha essa intenção. Não falamos nem de valor, nem de comissionamento”.

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Amilton enviou e-mails ao Ministério da Saúde sobre a proposta da Davati e falava no valor de US$ 17,50 por dose de vacina, preço muito acima do mencionado por Luiz Paulo Dominghetti, representante da Davati, como ofertado ao governo. O reverendo diz que Dominghetti mentiu: "houve uma ligação do Herman Cárdenas, na qual ele disse que estava preocupado porque o lote subiu de preço e precisava alinhar os valores".

O religioso relata ter abandonado as tratativas acerca das vacinas da Davati quando percebeu que a empresa não conseguia provar que tinha mesmo a mercadoria para entregar.

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Em nota, a Davatia afirmou que “em relação à proposta de intermediação na venda de vacinas, consigna-se que não houve concretização de venda no país por não se ter recebido manifestação de interesse de compra por parte do Ministério da Saúde, pois nunca foi assinado nenhum documento”. A empresa disse ainda que “estará à disposição das autoridades para prestar todos os esclarecimentos juridicamente necessários, certa de que não houve, de sua parte, qualquer procedimento indevido''.

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