Estudo aponta que custo econômico de pandemia é maior sem isolamento social
Pesquisadores dizem que o impacto inicial do isolamento é alto, mas a longo prazo, o custo final do isolamento é menor do que o de permitir a atividade econômica e deixar a doença se alastrar
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247 - A Confederação Nacional da Indústria (CNI) divulgou dados que apontam que, com a pandemia, houve uma queda da demanda da indústria sem precedentes, que levou a utilização da capacidade instalada ao menor nível já registrado em 10 anos.
No entanto, o custo final do isolamento é menor do que o de permitir a atividade econômica e deixar a doença se alastrar. É o que aponta um estudo que comparou cinco levantamentos realizados em diferentes países.
De acordo com reportagem de João José Oliveira, do UOL, o economista Vitor Kayo, da MCM Consultores, responsável pela análise comparativa, a política de isolamento social pode aprofundar, no curto prazo, a recessão econômica causada pela pandemia, mas há evidências de que os benefícios econômicos no longo prazo mais do que compensam os custos.
"De modo geral, o Brasil iniciou as medidas de isolamento social relativamente cedo e, em termos econômicos, isso pode ser uma vantagem no pós-pandemia. Evidentemente, isso depende de as medidas serem eficazes para minorar a mortalidade e de uma estratégia de saída do distanciamento social bem elaborada pelas autoridades competentes", afirma o economista.
Estudos de Martin S. Eichnbaum e Sergio Rebelo, da Universidade Northwestern, nos Estados Unidos, e Mathias Trabant, da Universidade de Berlim, na Alemanha, o isolamento social nos EUA, por exemplo, diminui o pico da taxa de infectados de 4,7% para 2,5% e fez a taxa de mortalidade cair de 0,4% para 0,26%.
Os pesquisadores apontam que o isolamento provaca uma forte queda no consumo, chegando a queda semanal de 27%.
Mas, no longo prazo, a recuperação da economia é mais robusta, uma vez que há menos mortes e um maior número de trabalhadores saudáveis, afirma o estudo.
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