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Economia

Por que a economia da América Latina foi tão prejudicada durante a pandemia, segundo The Economist

Segundo o The Economist, a explicação mais simples para o terrível desempenho econômico da região está relacionada à saúde pública, já que a América Latina foi uma das regiões mais afetadas pela Covid-19

Mulher passa por grafite do presidente Jair Bolsonaro ajustando sua máscara protetora e em forma de vírus, em meio ao surto de Covid-19 no Rio de Janeiro. (Foto: REUTERS/Sergio Moraes)
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247 - Artigo do inglês The Economist, um dos principais jornais do capitalismo financeiro, ressaltou que a América Latina “piorou muito mais economicamente do que qualquer outra” com a pandemia da Covid-19, que “provocou a mais profunda recessão global desde a Segunda Guerra Mundial”.

“O Produto Interno Bruto (PIB) mundial contraiu-se em 3% no ano passado, mas a taxa na América Latina e Caribe caiu 7%, o pior resultado registrado em qualquer região monitorada pelo FMI”, ressaltou o órgão, que buscou explicar o motivo.

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Segundo o The Economist, “a explicação mais simples para o terrível desempenho da região está relacionada à saúde pública”. O jornal salientou o “excesso de mortes” e estimou que “América Latina e Caribe têm o mais alto índice de excesso de mortes durante a pandemia em relação à população dentre todas as regiões do mundo”

“Enquanto as vacinações em outras partes do planeta reduzem a disseminação da doença e os danos que isso causa, em muitas partes da América Latina o coronavírus se espalha livremente. No Brasil, onde o presidente populista, Jair Bolsonaro, se recusa a usar máscara e se vacinar, o número de mortes diárias chegou a ultrapassar 4 mil (agora está em cerca de 2 mil). Mesmo países que anteriormente foram bem-sucedidos em controlar a pandemia, como o Uruguai, estão vendo os números de casos explodir”, argumentou.

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Segundo o portal, o desastre sanitária na América Latina ocorreu apesar de um relativo alto lockdown na região, “onde o isolamento social foi 70% maior do que na América do Norte”. “Habitantes de nenhuma outra região ficaram tanto em casa durante um ano de pandemia quanto os da América Latina”, afirma o jornal inglês, que ressaltou a política de isolamento na Argentina, no Chile e no Peru.

O jornal menciona o alto isolamento como um dos motivos da maior crise econômica na América Latina, mas também comenta a retração do turismo e dos empregos ‘intensos em contato’, como restaurantes, comércios ou transporte público, que correspondem “a 43% do total das vagas de emprego na região”.

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E também mencionou que, “de maneira incomum, grande parte dos habitantes da América Latina - uma região de enormes desigualdades - trabalha nas casas dos ricos, o que implica inerentemente numa mistura de lares”, ressaltando que “a primeira morte oficial de Covid-19 no Rio de Janeiro, ocorrida em março de 2020, foi de uma empregada doméstica que havia sido infectada por sua patroa”.

“O fator final por trás do péssimo desempenho econômico da região é política fiscal. Uma maneira de medir se a resposta fiscal de um país à pandemia foi suficiente envolve a comparação de dois elementos: mudança no déficit orçamentário do governo do país e a sua perda na produção de riqueza” , continua o estudo. 

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“A América Latina, apesar de implementar estímulos fiscais mais generosos do que em recessões passadas, foi mesquinha mesmo em relação a outros mercados emergentes, com países medianos injetando apenas US$ 0,28 em gastos extras deficitários para cada dólar perdido na produtividade”, destacou.

Ainda, lembrou que, enquanto, “países com os planos mais bem-sucedidos repassaram enormes quantidades de dinheiro diretamente à população”, ajudando a “quebrar o ciclo de perda de emprego e cortes em gastos domésticos, o que sustentou as economias”, a América Latina “concentrou seus principais recursos em outras áreas, incluindo o fortalecimento de mal financiados sistemas de saúde”.

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