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Economia

Qualquer pessoa com um mínimo de sanidade hoje não escolhe o Brasil para investir, diz Guilherme Mello

“O governo é uma catástrofe, a gestão sanitária é terrível, o país está há seis anos em uma depressão econômica e sem nenhuma perspectiva”, disse o professor de Economia da Unicamp à TV 247. Assista

Guilherme Mello e Paulo Guedes (Foto: Marcos Oliveira/Agência Senado | REUTERS/Adriano Machado)
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247 - O economista Guilherme Mello, professor de Economia da Universidade Estadual de Campinas (Unicamp), falou à TV 247 sobre a situação econômica do Brasil e sobre a inflação que já roda acima do esperado, principalmente sobre produtos que atingem diretamente os mais pobres, como os alimentos.

Além da alta destes produtos no mercado externo, Mello explicou que a desvalorização do real impacta fortemente na subida dos preços. O que causa esta desvalorização, de acordo com o especialista, é a descrença dos investidores em relação ao Brasil, visto que o país conta com o governo trágico de Jair Bolsonaro, que não é capaz de conter a pandemia de Covid-19 e nem de promover a reestruturação financeira brasileira, por exemplo. 

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“A gente teve uma forte desvalorização cambial. Isso decorre de vários fatores, um deles é o fato de que qualquer pessoa com algum nível de sanidade que olhe para o Brasil não escolheria esse país para investir. O governo é uma catástrofe, a gestão sanitária é terrível, o país está há seis anos em uma depressão econômica e sem nenhuma perspectiva de sair dela no curto ou médio prazo. Portanto, obviamente você vai ter os investidores saindo. Eles não estão apostando na nossa economia, e isso reflete em uma desvalorização cambial. A nossa moeda vale menos porque as pessoas não acreditam na nossa economia. Essa desvalorização cambial encarece o preço dos produtos que são comercializados internacionalmente, e nisso se incluem os alimentos e combustíveis”.

Contra a narrativa de que ‘o Brasil está quebrado’, o professor afirmou que o que está quebrado, na realidade, é o pensamento dos governantes e das elites que fazem de tudo para destruir o Estado. “O Bolsonaro joga com o desespero das pessoas. Isso está ligado ao colonialismo mental. Esse pequeno investidor poderia pensar assim: ‘ok. Vou fechar meu bar e o governo deve garantir a minha sobrevivência. Enquanto eu estou colaborando com a sociedade ao permitir o isolamento social, o governo tem que me garantir’. Só que muitas dessas pessoas acreditam que o governo não tem condições de garantir, ‘porque o país está quebrado’. Isso é fruto de repetidos anos de desinformação sobre a economia. Se o país estivesse quebrado não teria tido auxílio emergencial, não teriam tido todos os gastos que nós tivemos ano passado. Eles existiram e o país continua funcionando. O país não está quebrado, o que está quebrado é a mentalidade dos nossos governantes e das nossas elites que só têm por objetivo destruir o Estado, independente do que aconteça com o povo”.

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