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Economia

Tereza Cristina leva a organismo da ONU demanda para que fertilizantes fiquem fora das sanções

Lava Jato e governos Temer e Bolsonaro interromperam projetos de autossuficiência brasileira na produção de fertilizantes

Tereza Cristina e colheita de soja (Foto: Carlos Silva/MAPA | REUTERS/Enrique Marcarian)
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Agência Brasil – Com a guerra entre Rússia e Ucrânia afetando as exportações internacionais de fertilizantes, indispensáveis à produção agrícola, o governo brasileiro vai tentar pautar na Organização das Nações Unidas para a Alimentação e a Agricultura (FAO) a transformação do insumo em item essencial da segurança alimentar global.

No próximo dia 16, a ministra da Agricultura, Tereza Cristina, fará uma reunião virtual com o diretor-geral da FAO, Qu Dongyu. O diretor do Instituto Interamericano de Cooperação para a Agricultura (IICA), Manuel Otero, também deve participar da conversa. 

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"Vamos ter uma reunião, no dia 16, com o presidente da FAO e com todos os países hemisféricos para ver se conseguimos colocar na segurança alimentar, que o mundo tanto quer e precisa, os fertilizantes nessa linha. Porque você não faz comida se não tiver fertilizantes. Então, nós temos essa discussão com todos os países da América do Norte e América Latina, para discutirmos e levarmos isso, se for consenso, para ser levado à ONU", afirmou a ministra, em entrevista, hoje (11), para anunciar o lançamento do Plano Nacional de Fertilizantes

Atualmente, Tereza Cristina preside a Junta Interamericana de Agricultura. A reunião da semana que vem faz parte da Mesa Redonda sobre Insumos para Sistemas Agroalimentares Sustentáveis da FAO.

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O encontro terá a participação do diretor-geral da FAO, Qu Dongyu, da Enviada Especial do Secretário-Geral para os Sistemas Alimentares, Agnes Kalibata, e do diretor-geral do IICA, Manuel Otero.

Segundo a ministra, o objetivo será promover intercâmbio franco e aberto sobre os principais desafios que se impõem ao setor agropecuário dos países das Américas no atual contexto econômico e geopolítico do pós-pandemia.

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Essa semana, a ministra convidou os integrantes do Conselho Agropecuário do Sul (CAS) para que participem da reunião virtual. “Acredito que nossa região deva tomar a iniciativa e capitanear o debate sobre esses temas, a fim de que possamos explorar cursos de ação e soluções conjuntas para minimizar os riscos para o abastecimento global", disse a ministra, de acordo com a assessoria da pasta. Tereza Cristina fez hoje sua última participação no CAS como ministra. Ela deixará o cargo no fim deste mês para se candidatar ao Senado por Mato Grosso do Sul.

Plano nacional

Pela manhã, a ministra, o presidente Jair Bolsonaro e diversos ministros participaram do lançamento do Plano Nacional de Fertilizantes. Durante a cerimônia, a titular do Ministério da Agricultura disse que a proposta visa o desenvolvimento de ações para que o país diminua a dependência externa na compra do produto.

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Os insumos, especialmente nitrogênio, fósforo e potássio, são largamente usados pelo setor agrícola, sendo considerados essenciais para fornecimento de um ou mais nutrientes para as plantações.

O Brasil consome 8% de toda a produção mundial de fertilizantes, avaliada em 55 milhões de toneladas. Segundo a ministra, apesar disso, o país importa 85% do insumo usado pelo agronegócio, principalmente da Rússia. A expectativa do plano é reduzir tal dependência para 45%.

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Neste sábado (12), a ministra da Agricultura viajará para o Canadá. Vai conversar com empresários e representantes governamentais sobre a possibilidade de aumentar as exportações de potássio para o Brasil. O Canadá é o maior produtor mundial de potássio, com cerca de 33% da produção mundial.

Segundo a ministra, a ideia é conversar com a iniciativa privada sobre a disposição do governo brasileiro de facilitar as vendas ao Brasil.

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Na viagem a Ottawa estão previstas reuniões com presidentes de empresas produtoras e exportadoras de potássio instaladas no país, além de representantes do governo canadense, informou o ministério. 

Em fevereiro, a ministra viajou ao Irã para negociar o aumento de exportações de fertilizantes para o Brasil. Ontem, ela recebeu, em Brasília, representantes de países árabes  para debater a possibilidade de aumentar a exportação de insumos para a agropecuária nacional.

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