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Entrevistas

"Terrorismo do mercado mata mais do que o terrorismo miliciano", diz Alysson Mascaro

Professor afirma que a Faria Lima é mais perigosa do que as milícias

Alysson Mascaro, Faria Lima e terrorismo (Foto: Reprodução/Facebook | Reprodução/Google Street View | REUTERS/Ueslei Marcelino)
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247 – O jurista Alysson Mascaro, professor da Universidade de São Paulo, afirmou, em entrevista ao jornalista Leonardo Attuch, editor da TV 247, que o terrorismo do mercado financeiro diante de escolhas que vêm sendo feitas pelo governo Lula na área econômica mata mais do que o terrorismo das milícias."O terrorismo do mercado mata mais do que o terrorismo miliciano", diz ele. "O que está por trás disso é o rentismo, que busca sequestrar o orçamento público. Mas há um objetivo maior, de sequestrar toda a política econômica e evitar a reindustrialização do País", acrescenta.

Mascaro também afirma que a esquerda falha ao não dizer de forma veemente que houve um golpe de estado no Brasil em 2016. "É preciso dizer que a burguesia, os militares e o Judiciário deram um golpe. O resultado disso é que a eleição foi ganha sem engajamento social, graças à falência do bolsonarismo. O núcleo central do golpe não foi enfrentado", diz ele. "O futuro governo Lula tende a não enfrentar o neoliberalismo, mas apenas os seus efeitos", aponta.

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O professor acrescenta que Lula, quando foi presidente pela primeira vez, não reverteu as privatizações dos governos de Fernando Collor, Itamar Franco e Fernando Henrique Cardoso. "Ele apenas não privatizou mais", recorda. "A esquerda brasileira não aprendeu com o golpe. Ela é institucionalista, legalista. Graças a isso, o presidente Lula foi preso. A Lava Jato, que é uma ilegalidade em si, na aparência tinha legalidade", diz ele.

Mascaro também afirma que não é possível reformar as instituições, que são do capital. "O governo de esquerda poderá ser feito de bobo de novo, caso mantenha o republicanismo. A aposta na calmaria é profundamente idealista e irreal. Por que parariam de bater?", questiona. "O governo não pode se dar ao luxo de não usar aparelhos ideológicos, como a EBC, a educação e a cultura", destaca.

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