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Antes da disputa eleitoral, Renan e Rui descansam no carnaval

Possíveis adversários na disputa pelo governo de Alagoas, o governador Renan Filho (MDB) e o prefeito de Maceió, Rui Palmeira (PSDB), planejam passar a maior parte dos dias de carnaval com a família; depois dos dias de folia, os dois sabem que novas movimentações políticas irão ocorrer; enquanto Renan vai focar na administração de obras, Rui diz que decide até abril se vai ou não disputar o governo

Foto:Yvette Moura/SECOM (Foto: Voney Malta)
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Por Arnaldo Ferreira e Marcelo Amorim/Gazetaweb - O governador Renan Filho (PMDB) pretende passar boa parte dos dias de Carnaval com a família na cidade de Murici, distante 59 quilômetros da capital. Ele também deve visitar alguns municípios da Zona da Mata alagoana, como São José da Lage e União dos Palmares, onde tem amigos e aliados políticos. 

Além de descansar, o governador deve acompanhar o desfile do bloco "Tudo Azul"- tradicional bloco de carnaval da cidade de Murici, que tem o ponto alto do desfile na terça-feira de Carnaval. E como costumar fazer, também deve ir, na Quarta-feira de Cinzas à tradicional ressaca do Carnaval na cidade de São José da Lage.

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Renan quer aproveitar a maioria dos dias de folia para descansar, estudar e se preparar para a batalha da reeleição que promete ser dura.

Alagoas, ao contrário do que aconteceu em outras crises econômicas nacionais, desta vez é um dos poucos exemplos positivos no País, por causa do equilíbrio político, administrativo e financeiro da gestão. Mesmo assim, Renan Filho diz saber que a disputa eleitoral costuma ser difícil e piora num cenário de crise econômica.

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Apesar dos problemas nacionais, o governo local goza de boa reputação junto aos alagoanos, porque o Estado mantém salários em dia, promove concursos públicos em setores vitais e desenvolve um ritmo de investimento capaz de chamar atenção até dos Estados ricos. Os investimentos são feitos com recursos próprios.

Este é o resultado de quatro anos dos projetos de ajustes fiscal, administrativo, financeiro e de equilíbrio entre receita e despesa. O Estado é um dos poucos no País que, nos últimos anos, fez concurso público para Educação e Segurança Pública, mantém investimento em obras milionárias de infraestrutura, duplicação de rodovias e obteve apoio dos Poderes Judiciário, Legislativo e Ministério Público no audacioso programa de controle dos gastos públicos e ajuste fiscal. "Os poderes de Alagoas têm sido os grandes parceiros do povo alagoano e contribuem com o controle das contas e dos gastos públicos, compreendem as dificuldades do momento", ressalta sempre Renan Filho.

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Depois do Carnaval

Ao ser questionado a respeito das disputas que devem começar após o carnaval, Renan Filho apesar de entender a movimentação dos bastidores político, demonstrou estar focado na administração que mantém o controle dos recursos consorciados com investimentos. "Antes de começar a discutir o projeto da reeleição, a gente tem muita coisa para fazer neste último ano de governo. Vou deixar para pensar na eleição no momento que o cenário estiver mais claro"".

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Renan considera que, depois do Carnaval, precisar manter alguns compromissos assumidos com os alagoanos, como "tocar as obras dos hospitais que estão em andamento, entregar o Hospital da Mulher, continuar duplicando rodovias, ampliar o número de escolas em tempo integral e continuar perseguindo a redução da violência. São estes objetivos que os alagoanos esperam da minha gestão. Portanto, no momento certo, discutirei o processo eleitoral de outubro".

O governador destacou que a nova legislação eleitoral impõe três momentos para os partidos políticos discutirem o projeto eleitoral. O primeiro é a finalização da dinâmica partidária, quando os partidos definem os pré-candidatos, ou seja, seis meses antes do pleito eleitoral (filiação ou troca de partido vai de março até o dia sete de abril. Neste período, a legislação abre a janela eleitoral para quem deseja trocar de partido).

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O segundo momento, é o do prazo das convenções, quando se definem quem são os candidatos proporcionais e majoritários. As convenções para a escolha dos candidatos a presidente e vice-presidente da República, governador e vice-governador, senador e respectivos suplentes, deputado federal, deputado estadual ou distrital deverão ocorrer entre os dias 20 de julho e 5 de agosto. Até o dia 15 de agosto, os partidos precisam registrar as candidaturas.

Por fim, é a data da eleição. Em sete outubro, ocorre o primeiro turno.

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Ao demonstrar conhecer bem as regras eleitorais definidas pela legislação, Renan observa que não há como antecipar o processo. "Por isso, vou fazer como a maioria dos brasileiros: no Carnaval, quero aproveitar para descansar um pouco e pretendo ficar mais tempo com a família", afirma. 

Após o Carnaval, volta a manter o ritmo da gestão e, quando for possível, vai exercitar a prática da política. "Conversar, conversar, conversar; ouvir, ouvir e ouvir. Vamos conversar com as pessoas. Mostraremos o que estamos fazendo. Apresentaremos como estamos firmes economicamente, no momento em que o Brasil balança", adiantou.

Luciano fica entre o Agreste e a capital

Outro integrante do alto clero do PMDB de Alagoas, o vice-governador Luciano Barbosa, vai aproveitar o Carnaval para ficar com a família e rever amigos de Maceió e do Agreste. Ele, que acumula a pasta da Secretaria de Estado da Educação, nos bastidores é cotado para participar das disputas eleitorais.

O vice-governador ainda não definiu como vai participar das eleições gerais. Ele também não confirma os boatos que dão conta de que poderia disputar uma cadeira de deputado federal e/ou de senador. Os aliados do Agreste especulam nas duas direções. Mas, Luciano faz mistério. "Vamos discutir meu futuro político no momento oportuno", afirma.

Luciano Barbosa demonstrou que seu projeto político no Carnaval é descansar e ficar com a família. "Pretendo aproveitar esses dias de folia para ir às praias de Maceió com a família e rever alguns parentes e amigos em Arapiraca".

Com relação ao quadro político para depois do Carnaval, mantém o clima de expectativa. "Vou avaliar o quadro político e participar das discussões políticas do meu partido - PMDB". Depois das discussões estratégicas do diretório estadual do seu partido, Luciano definirá a sua participação nas eleições gerais de outubro.

Rui decide até abril se vai enfrentar Renan Filho

Cotado para compor a chapa majoritária do grupo político que tem à frente o PSDB, PROS, PP, Democratas e PR, o presidente do diretório estadual dos "tucanos" e prefeito de Maceió, Rui Palmeira, também pretende passar o Carnaval no interior de Alagoas e aproveitar para examinar o melhor caminho a seguir na política depois do período de folia.

Discreto, pretende ficar distante da agitação de Maceió. Como o seu principal oponente, o governador Renan Filho (PMDB), Rui vai descansar, ficar mais tempo com a esposa e as duas filhas e avaliar se vai mesmo enfrentar o grupo liderado pelo PMDB na disputa pelo Governo do Estado. "Até abril eu decido", promete Rui, aumentando o clima de expectativa nos bastidores políticos.

Na agenda oficial, consta que o prefeito vai descansar numa fazenda no interior do Estado. Como nos últimos meses, vem cumprido uma agenda extensa de inaugurações de obras públicas, inspeções em outras obras de infraestrutura e tem andado muito na periferia, pretende aproveitar os dias de folia para descansar e refletir. Não estão previstos visitas a festas de Carnaval e nem encontros políticos no interior do Estado. Mas, tais possibilidades não estão descartadas.

Depois do Carnaval

Os assessores mais próximos do prefeito acreditam que depois do Carnaval começam as conversas com o grupo da base de apoio e lideranças políticas para definir composições e nomes de pré-candidatos às chapas majoritária e proporcional. Por enquanto, Rui tem conversado com assessores mais próximos e políticos da chamada base fiel com o objetivo de analisar o cenário e também se aconselhar com o pai, o ex- ministro do Tribunal de Contas da União Guilherme Palmeira, revelou uma fonte próxima do prefeito.

Com relação à possibilidade de Rui ser candidato a governador, existem muitas dúvidas. Ele está estudando cautelosamente o cenário e pode, inclusive, ser disputar o cargo de senador.

O prefeito, no entanto, avalia que a maioria dos partidos com densidade política demonstra interesse em ter candidatura majoritária própria. Porém, não tem nada certo. Só no início de março, o processo vai ficar mais claro.

Curiosamente, é no período de março e abril que a justiça eleitoral abre a janela partidária para o troca-troca e definições de nomes nos partidos.

Ao ser fustigado sobre a candidatura majoritária, Rui Palmeira preferiu aumentar o clima de suspense. "Não posso dizer nada a respeito de candidatura majoritária porque eu mesmo ainda não sei se serei candidato".

Ao ser questionado se estaria preparado para enfrentar o que pode ser o maior desafio dele na carreira política, no caso uma disputa pelo Governo do Estado tendo Renan Filho como o principal adversário, Rui disse que "preparado eu estou". No entanto, admite que não será nada fácil. "Percebo, neste momento, que falta ajustar detalhes das peças desse quebra-cabeça político. Quer dizer, a gente precisa sair com uma frente política forte para que possamos derrotar o grupo do atual governador".

Composição

Até julho, os partidos com pré-candidatos majoritários trabalharão para formar composições fortes com o objetivo de ampliar seus tempos de propaganda política gratuita no rádio e na televisão e territórios de eleitores. Com relação a isso, o presidente do PSDB destaca que os tucanos têm alianças importantes e poderosas com PP, do senador Benedito de Lira; Democratas; do ex- deputado José Thomaz Nono; PR; do ministro dos Transportes Maurício Quintela; e PROS, do deputado estadual Bruno Toledo. "Estes partidos formam com o PSDB uma frente de oposição forte. Eles (os partidos) têm musculatura significante com suas lideranças políticas, além de garantir tempo de televisão para que as propostas deste grupo sejam apresentadas".

Ainda não há definições de nomes para as chapas. As pressões para que Rui Palmeira defina o seu projeto político vêm, inclusive, dos grupos adversários. Porém, como bom tucano, o prefeito considera as pressões "como um processo natural do jogo político". Quanto mais se aproxima do processo de definições partidária, mas a pressão aumenta. Mesmo assim, ele se mostra cauteloso. "Quem é prefeito de uma cidade como Maceió tem que estar acostumado com pressões diárias. Por isso, vamos continuar conversando e deixar as definições para o momento oportuno", avisa.

Aliados e adversário de uma suposta candidatura do prefeito de Maceió ao governo do Estado costumam dizer nos bastidores que a chance dele se eleger é mínima, porque não está circulando pelos 102 municípios como governador Renan Filho costuma fazer semanalmente no exercício do cargo. Quanto a isso, Rui Palmeira considera esses argumentos como sem sentido. 

"Enquanto eu estiver prefeito, tenho que trabalhar pela cidade de Maceió. Fui eleito para isso. Agora, se houver a minha candidatura, aí sim, a gente vai percorrer o interior do Estado, vamos visitar as regiões, vamos conversar com as pessoas, apresentar as nossas propostas. Mas, enquanto eu for prefeito, tenho que continuar trabalhando por Maceió e cumprindo com os compromissos que asseguraram a minha reeleição".

Ao ser questionado sobre a data que pretende definir se continuará como prefeito ou se será candidato a governador ou ao Senado, Rui Palmeira respondeu que a data, por definição legal, é até sete de abril. "Até lá, vamos aguardar, conversar e ver como se desenrola o processo. Oficialmente, no dia sete de abril, terei que tomar esta decisão por força da lei". O momento, segundo Rui, é de descansar no Carnaval e depois é conversar, conversar e conversar?", concluiu sorrindo.

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