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“Estou nesta luta para preservar a democracia”

Em nova entrevista nesta quarta-feira 6, desta vez à Rádio O Povo CBN, do Ceará, a presidente eleita Dilma Rousseff defendeu seu retorno ao governo como a possibilidade da volta da normalidade democrática; "Não estou nessa luta para preservar o meu mandato. Eu estou nesta luta para preservar a democracia e fazê-la avançar", declarou; Dilma se disse vítima de um golpe que só traz retrocessos ao Brasil; a presidente destacou ações de seu governo no combate à corrupção e questionou o uso político que é dado ao processo de combate à corrupção neste momento; "Não se utiliza o combate à corrupção como instrumento político para derrubar a, b ou c, como os vazamentos seletivos"

Em nova entrevista nesta quarta-feira 6, desta vez à Rádio O Povo CBN, do Ceará, a presidente eleita Dilma Rousseff defendeu seu retorno ao governo como a possibilidade da volta da normalidade democrática; "Não estou nessa luta para preservar o meu mandato. Eu estou nesta luta para preservar a democracia e fazê-la avançar", declarou; Dilma se disse vítima de um golpe que só traz retrocessos ao Brasil; a presidente destacou ações de seu governo no combate à corrupção e questionou o uso político que é dado ao processo de combate à corrupção neste momento; "Não se utiliza o combate à corrupção como instrumento político para derrubar a, b ou c, como os vazamentos seletivos" (Foto: Fatima 247)
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Ceará 247 - A presidente eleita Dilma Rousseff deu uma longa entrevista ao jornalista Luiz Viana, da Rádio O Povo CBN, de Fortaleza, na manhã desta quarta-feira (6), em que afirmou acreditar na sua volta e se disse vítima de um golpe que só traz retrocessos ao Brasil. A presidente falou ainda que sua luta é para preservar a democracia. "Não estou nessa luta para preservar o meu mandato. Eu estou nesta luta para preservar a democracia e fazê-la avançar".

Dilma comentou o poder de Eduardo Cunha (PMDB-RJ) sobre o presidente interino, Michel Temer (PMDB), citando a gravação do senador Romero Jucá e a visita sigilosa do presidente da Câmara afastado ao presidente interino da República, apesar de estar impedido de entrar no Câmara. Na avaliação de Dilma, o centro democrático do País foi tomado por uma posição conservadora de direita, liderada por Eduardo Cunha, que hegemoniza não só o PMDB, mas também os pequenos partidos.

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A presidente eleita reconheceu que pode ter cometido um erro ao aceitar Temer como vice e que supôs que ele era um democrata, e não um "usurpador golpista". Ela creditou isso também à necessidade da governabilidade.

Sobre a corrupção no Brasil, a presidente afirmou que fez tudo para viabilizar o combate. "A corrupção sempre existiu no Brasil. Antes os processos eram engavetados ou não era concluídos. Com Lula houve a mudança na legislação. Acabou-se portanto com a figura do engavetador geral da República. Além disso, foi feito o portal da transparência e o fortalecimento da Polícia Federal", destacou.

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Ela falou também sobre o instituto da delação premiada e sobre a lei que passou a punir também o corruptor, aprovadas no seu governo. "Esses dois fatores foram cruciais. Sem eles ninguém saberia, como nunca soube. Antes, a corrupção estava escondida sob o tapete. Hoje o tapete foi tirado da sala". 

Por outro lado, Dilma questionou o uso político que é dado ao processo de combate à corrupção neste momento. "Não se utiliza o combate à corrupção como instrumento político para derrubar a, b ou c, como os vazamentos seletivos". 

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Dilma Rousseff defendeu ainda a necessidade de uma reforma política. "O sistema de representação no Brasil está extremamente distorcido. Os partidos perderam o caráter programático, todos, uns mais outros menos". E criticou o financiamento da política. "O modelo de financiamento de campanha induz ao fisiologismo, e não à prática republicana".

A presidente admitiu a possibilidade de um pacto para uma consulta popular, a partir da sua volta ao governo. "Para preservar a democracia temos que aceitar todas as propostas que implicam em consulta popular. Porque quando a gente diz que é um golpe, é como se a árvore de democracia fosse atacada por parasitas e fungos. E qual é o combate? Pacto por cima não adianta. Só tem um pacto possível para acabar com os parasitas e os fungos: o debate, e é isso que nós estamos fazendo aqui na rádio. É o que disputamos no Senado, a discussão em todos os níveis. É ter presente uma estratégia em que em 2018 tem de ser coroada por um processo de consulta popular no qual não só se escolha os governantes e os parlamentares, mas também se tenha uma reforma política. É isso que está na pauta democrática do lado de cá. É isso que está na pauta nacional".

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Na longa entrevista, a presidente falou ainda sobre economia, afirmando que o Brasil tem todas as condições de retomar o crescimento, porque os fundamentos da política econômica são sólidos. "Estão dadas todas as condições para volta do crescimento. Os fundamentos econômicos são sólidos. Temos R$376 bilhões de reserva que nós fizemos, a convergência para a meta da inflação, que produzimos com as medidas que tomamos. O fato de que nos últimos doze meses atraímos U$79 bilhões de investimento estrangeiro e porque nós conseguimos sair de um deficit de US$4 bilhões na balança comercial, no final de 2015, para US$19 bilhões de superavit".

Sobre a eleição de Fortaleza, onde o PT e o PDT disputarão a prefeitura, saiu-se mineiramente. "Ambos (Roberto Cláudio e Luizianne Lins) fazem parte da base dos que são de fato meus apoiadores, eu diria que possivelmente ficaria com os dois".

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Confira a entrevista completa à Rádio O Povo CBN

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