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MTST ocupa três terrenos em São Paulo e avisa Doria: ‘É falta de escolha’

Três ocupações simultâneas comandadas pelo Movimento dos Trabalhadores Sem Teto (MTST) ocorreram na madrugada deste sábado em São Paulo; segundo o MTST, as ocupações são resultado da falta de alternativa de moradia, especialmente para famílias que pagam aluguel, por conta do aumento do desemprego e da paralisação do programa Minha Casa, Minha Vida; "Paralisar programas habitacionais e não dialogar com os movimentos só agravará a crise urbana e os conflitos sociais", afirma o movimento

Três ocupações simultâneas comandadas pelo Movimento dos Trabalhadores Sem Teto (MTST) ocorreram na madrugada deste sábado em São Paulo; segundo o MTST, as ocupações são resultado da falta de alternativa de moradia, especialmente para famílias que pagam aluguel, por conta do aumento do desemprego e da paralisação do programa Minha Casa, Minha Vida; "Paralisar programas habitacionais e não dialogar com os movimentos só agravará a crise urbana e os conflitos sociais", afirma o movimento (Foto: Gisele Federicce)
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Da Rede Brasil Atual - Três ocupações simultâneas comandadas pelo Movimento dos Trabalhadores Sem Teto (MTST) ocorreram na madrugada deste sábado (5), envolvendo aproximadamente 2 mil pessoas em um terreno na Cidade Tiradentes, na zona leste, outro no Capão Redondo, na zona sul, e um terceiro em Embu das Artes, Região Metropolitana de São Paulo.

Segundo o MTST, as ocupações são resultado da falta de alternativa de moradia, especialmente para famílias que pagam aluguel, por conta do aumento do desemprego e da paralisação do programa Minha Casa, Minha Vida. "Paralisar programas habitacionais e não dialogar com os movimentos só agravará a crise urbana e os conflitos sociais", afirma o movimento no Facebook.

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O coordenador nacional do MTST, Guilherme Boulos, falou sobre a luta por moradia: “Com agravamento da crise, desemprego e arrocho salarial, o povo não tem mais como pagar aluguel. Junto a isso, há a paralisia do programa Minha Casa, Minha Vida e de qualquer outra política habitacional no país. Não resta outra alternativa a milhares de pessoas a não ser se juntar, se organizar e lutar por sua moradia digna.”

No Embu, 700 famílias entraram em terreno vazio de 50 mil metros quadrados. A área é herança de família e está qualificada como Zona Especial de Interesse Social (Zeis), ou seja, uma área demarcada para assentamentos habitacionais de população de baixa renda.

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Boulos mandou um recado para o futuro prefeito de São Paulo, João Doria Jr., que após eleito avisou que não permitiria ocupações: “É uma ilusão achar que ocupação acaba porque um governo quer. Ocupação não é uma escolha. É resultado de uma falta de escolha”.

A renda média das famílias das ocupações define o perfil do déficit habitacional brasileiro. “São famílias que ganham de zero a três salários mínimos. Em geral, de zero a um salário mínimo, com emprego precário, por conta própria, sem registro”. Cerca de 70% das famílias das ocupações estão nesse contexto.

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Em assembleia realizada pela coordenadora do MTST Natália Szermeta, em um terreno privado no Capão Redondo, surgiu uma nova ocupação, com cerca de 600 pessoas.

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O coletivo Jornalistas Livres postou um vídeo com imagens da assembleia e do momento que Natália declara a área como ocupada e explica que depois de a polícia fazer a ocorrência o que define o futuro do lugar é a luta de quem quer aquele chão. “Só podem nos tirar daqui com uma ordem judicial. Os policiais vieram e verificaram que aqui tem pai de família, mãe de família, não é uma baderna, certo? Vamos evitar gritaria e perturbação porque nós não viemos para atrapalhar a vida da comunidade. Nós somos parte dessa comunidade e vamos cuidar dessa comunidade também.”

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As pessoas ouvem a líder em silêncio. Natália pede ordem e lembra que todos estão ali por um sonho. “Mas temos que estar atentos, não ficar na rua circulando sozinho. Vamos ficar todos juntos demostrando nossa força, coragem e nosso objetivo. Não podemos vacilar. Agora a gente entra no terreno, espera o dia amanhecer para fazer outra assembleia e decidir como será a luta nos próximos dias.” Assim o sonho está plantado."

Com informações do coletivo Jornalistas Livres e do MTST

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