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Perillo: “Lula queria uma bomba na minha eleição”

Governador tucano de Goiás voltou a questionar condução da CPI do Cachoeira: “Aquela CPI foi feita para me pegar”; renovou críticas ao ex-presidente petista e disse que as supostas revelações do livro de Tuma Jr. ajudaram a restabelecer a verdade: "Já havia o plano de liberar esses dossiês há 10 dias das eleições de 2010”; durante balanço dos três anos de governo, Perillo disse que definição sobre candidatura à reeleição virá apenas em junho

Governador tucano de Goiás voltou a questionar condução da CPI do Cachoeira: “Aquela CPI foi feita para me pegar”; renovou críticas ao ex-presidente petista e disse que as supostas revelações do livro de Tuma Jr. ajudaram a restabelecer a verdade: "Já havia o plano de liberar esses dossiês há 10 dias das eleições de 2010”; durante balanço dos três anos de governo, Perillo disse que definição sobre candidatura à reeleição virá apenas em junho (Foto: Realle Palazzo-Martini)
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Goiás247 - Em entrevista coletiva concedida na segunda-feira (23), o governador Marconi Perillo voltou a criticar uma suposta perseguição que teria sofrido durante os governos do ex-presidente Lula. Segundo o tucano, a CPI do Cachoeira, instalada a partir da Operação Monte Carlo, foi direcionada para constrangê-lo politicamente: "Aquela CPI foi feita para me pegar".

Perillo reforçou que as revelações do livro de Romeu Tuma Jr. ajudaram a restabelecer a verdade. "O presidente Lula queria uma bomba na minha eleição. Já havia o plano de liberar esses dossiês há 10 dias das eleições de 2010. A minha sorte foi que eu descobri esse plano muito tempo antes e informei a Polícia Federal", comentou.

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Segundo Perillo, além dele, Gilmar Mendes, Roberto Gurgel e o jornalista da revista Veja Policarpo Júnior eram alvos dos dossiês e da CPI.

Questionado sobre quais medidas tomará a respeito dos autores dos dossiês, Marconi disse que aguardará conclusão das investigações da PF sobre o caso. "Eu sei quem foi, mas não posso provar. Já pedi à Polícia Federal que investigue a autoria. Assim que a PF os identificar, com certeza entrarei com uma ação reparatória."

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Perillo também afirmou que só irá definir se vai ou não concorrer à reeleição em junho do ano que vem. "Campanha, quanto mais curta, melhor. Se eu pensar em candidatura agora, prejudico o governo atual", afirmou.

Durante a entrevista, o governador respondeu a perguntas de toda a imprensa goiana e discorreu sobre vários assuntos do governo. Dentre os assuntos, mencionou a reforma no secretariado e a reforma administrativa. No secretariado, apenas dois nomes estão confirmados: Leonardo Vilela na Secretaria de Gestão e Planejamento (Segplan) e José Carlos Siqueira na Casa Civil.

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Perillo disse já saber quais secretários serão candidatos, quais estão indecisos, mas avisou que só irá anunciar novos nomes a partir do dia 26. Além disso, reafirmou o apoio à candiatura de Vilmar Rocha como o principal candidato da base aliada ao Senado.

Reforma administrativa

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O governador também confirmou a decisão publicada em lei de exonerar um terço dos comissionados do Estado. Com essa medida, serão demitidos cerca de 3.300 funcionários. "Chegaremos a um consenso com os secretários de cada pasta sobre como essas exonerações irão acontecer. Preferi colocar em Lei para que ficasse o compromisso a ser cumprido", comentou.

Perillo anunciou que reduziu de 23 para 17 o número de Secretarias de Estado, sendo 4 extraordinárias e duas ordinárias que deixarão de existir. O governador ainda enfatizou que o seu governo foi o que mais valorizou os servidores. "Desde 2001 pagamos os salários no mês vincendo, antes do dia 30 de cada mês. Além disso, o 13º é pago no mês do aniversário do servidor".

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Segundo o governador, nenhum chefe de governo em nenhum lugar do país está livre de movimentos de greve. Para ele, está claro que as greves causam um desgaste político, mas os acordos que foram propostos levaram em consideração a situação do Estado e o respeito ao ajuste fiscal e à Lei de Responsabilidade Fiscal.

Ano da segurança

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Perillo recebeu a imprensa no 10º andar do Palácio Pedro Ludovico e evitou confirmar sua possível candidatura à reeleição. O tucano, porém, não se negou a responder nenhuma das perguntas - feitas por cerca de 30 jornalistas. Durante quase duas horas, Marconi falou sobre educação, saúde, segurança, investimentos e futuro.

O ponto mais destacado pelo governador foi a segurança pública que, segundo o tucano, será a menina dos olhos do governo no ano que vem. Um total de R$ 150 milhões serão investidos na área. Grande parte deste dinheiro já está no Fundo Estadual de Segurança e será usado na melhoria das delegacias de polícia, dos Institutos Médicos Legais (IMLs) e dos presídios.

Além disso, Perillo garantiu que até o final de 2014, o Estado vai ganhar o reforço de 5.502 novos policiais. Ele explicou que atualmente um policial trabalha por 12 horas e folga por 36 horas, ou seja, enquanto um homem está na rua, três estão descansando, o que dificulta "o forte esquema de segurança" pensado para Goiás.

O governador anunciou ainda a troca de mais de dois mil carros da Secretaria de Segurança Pública (SSPJ) para 2014 e a aprovação de uma lei que prevê o repasse de verba diretamente aos delegados de polícia.

Saúde

O tema saúde também foi amplamente abordado pelos jornalistas. Perillo anunciou, entre outras coisas, investimentos em abrigos para idosos e a construção de hospitais geriátricos. Segundo o tucano, a primeira-dama e presidente da Organização das Voluntárias de Goiás (OVG), Valéria Perillo, vinha trabalhando na construção de Centros Municipais de Educação Infantil (Cmeis) mas como o Governo Federal já tem um programa focado na área, ficou decidido que a partir de 2014 os esforços de Valéria - juntamente com a Agência Goiana de Habitação (Agehab) e com prefeituras do Estado - serão direcionados para a construção de abrigos para pessoas que entraram na 3ª idade.

O governador também afirmou que já está programado para o próximo ano a construção de hospitais geriátricos. Tudo vai depender da disponibilidade das prefeituras que, caso se interessem pela ideia, terão que doar o terreno. A construção de 100 unidades já foi autorizada pelo Estado, mas Perillo não divulgou as cifras correspondentes às obras. Em Goiânia a unidade será levantada na antiga Colônia Santa Marta e Perillo disse já ter encomendado o projeto e um estudo que antecederão a construção.

Ainda sobre Saúde, Perillo também fez uma espécie de esclarecimento alegando que muita gente cobra melhorias vindas da gestão estadual se esquecendo que a construção e a manutenção dos hospitais - seja com equipamentos, medicamentos e mão de obra - também são de responsabilidade do Sistema Único de Saúde (SUS), além dos governos municipal e federal. O tucano explicou que como os Centros de Assistência Integral a Saúde (Cais) vêm deixando muito a desejar, os hospitais estaduais acabam ficando sobrecarregados.

Perillo finalizou falando sobre a entrega do Hospital de Urgências de Goiânia 2 (Hugo), marcada para 2014. A unidade de saúde fica no Setor Santos Dumont, na saída para Inhumase e deve custar ao cofres públicos R$ 57,5 milhões. A intenção de Perillo é que o Hugo 2 atenda a população da região Noroeste da capital e as demandas do interior.

A área a ser edificada, de 28 mil metros quadrados, que será destinada a atendimentos de serviço médico de urgência, emergência e queimaduras, terá 360 leitos, heliponto, 1.000 vagas para estacionamento, auditório para 150 lugares, cinco pavimentos com enfermarias para internação, 40 leitos de UTIs, 10 leitos de observação, entre outras unidades. A área total do terreno é de 137 mil metros quadrados.

Dívida externa

O tucano disse que está muito feliz com sua gestão e fez questão de elogiar seus auxiliares, dizendo que a reestruturação de Goiás vem sendo feita sobre o tripé trabalho, equipe e planejamento. Durante a fala ele citou o ex-secretário da Fazenda, Simão Cirineu, que "fez um brilhante trabalho para o Estado".

Perillo anunciou que Goiás está em uma situação melhor diante da dívida externa. Segundo ele, desde o início de seu 1º mandato, Goiás gasta 20% da receita no pagamento da dívida do Estado, mas a expectativa é de que em 2019 esse porcentual caia para 15%, e em 2020 atinja 5%.

Perillo disse ainda que o governo de Goiás tem uma ação judicial, cujo relator é o ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Gilmar Mendes, contra a Eletrobrás. A ação está em tramitação e caso o parecer seja favorável a Goiás, o Estado deve receber entre R$ 8 bilhões e R$ 12 bilhões, dinheiro que já foi comprometido para o pagamento de uma parcela grande da dívida externa, o que praticamente zeraria o débito.

Eleição

Sobre as eleições de 2014, o tucano chegou a brincar, dizendo que caso lance seu nome na disputa ao governo, prefere não escolher adversário, se referindo à novela que envolve o nome de Iris Rezende (PMDB) e Júnior Friboi (PMDB).

Sobre o secretariado, ele confirmou a saída de Vilmar Rocha - sentado ao lado do tucano durante a coletiva -, que deixa oficialmente no dia 26 a Casa Civil. A pasta será assumida por José Carlos Siqueira, hoje à frente da Controladoria Geral do Estado.

Além dele, Thiago Peixoto também deixa a Secretaria Estadual de Educação (Seduc), mesmo ainda não tendo anunciado candidatura.

Giuseppe Vecci já havia anunciado sua saída da Secretaria de Gestão e Planejamento (Segplan), que será assumida por Leonardo Vilela. Perillo avisou que irá se pronunciar oficialmente sobre a reforma no secretariado na quinta-feira (26/12).

Saneamento

Sobre saneamento o tucano também falou de investimentos e se comprometeu a construir 600Km de esgoto até 2014. O tucano falou também em universilaização da distribuição de água.

"Estamos construindo o Sistema de Abastecimento Mauro Borges, que foi projetado para o abastecimento de uma população estimada em 3 milhões de pessoas até 2045. Teremos em Goiânia, 90% de esgoto coletado e tratado", afirmou.

Drogas

Perguntado sobre a questão das drogas, Perillo disse que o enfrentamento se faz em 3 etapas: prevenção, repressão e recuperação. Para o governador, a prevenção é papel das escolas e haverá sim investimentos em campanhas até 2014.

 Quanto a repressão ele citou a criação dos Comandos de Dividas, e sobre a recuperação falou dos Centros de Referência e Excelência em Dependência Química (Credeqs) que deverão ser construídos em cinco cidades, entre elas estão Quirinópolis, Caldas Novas e Aparecida de Goiânia, onde as obras estão avançadas.

 O governador também anunciou que comprou 21 mil vagas em comunidades terapêuticas e fez questão de lembrar que o Plano de Ação Integrada de Desenvolvimento (PAI) tem uma linha específica com ações para o enfrentamento das drogas.

 "A prevenção é muito importante, e isso acontece na educação, nas escolas e no esporte, e temos investindo fortemente nessas áreas. Criei o Comando de Divisas, mas essa ação deve ser feita nas fronteiras do Brasil. Também Estamos construindo os Credeq's. Já estamos fazendo o chamamento para as OS administrarem os centros. Não quero começar para não entregar", pontuou o governador.

 Celg

Perillo explicou que o último empréstimo contraído pelo Estado junto a Caixa Econômica Federal (CEF) ajudará a zerar a dívida da Celg. O tucano citou ainda a prorrogação da concessão da Celg por mais 30 anos como um ponto que vai voltar a colocar a empresa em um patamar competitivo.

 ICMS

Para finalizar, Perillo falou sobre o protesto que abraçou contra a proposta de mudança no ICMS, que prevê a modificação da alíquota do imposto de 7% para 4% e assim acabar com os incentivos fiscais oferecidos pelas Regiões Centro-Oeste, Norte e Nordeste.

A proposta em discussão prevê mudança na alíquota do ICMS, que é o porcentual aplicado para o cálculo do valor do imposto cobrado sobre a circulação de mercadorias e sobre prestações de serviços de transporte interestadual, intermunicipal e de comunicação.

Para os militantes da causa, a mudança no valor deste porcentual dificultaria que os produtos fabricados nas regiões Centro-Oeste, Norte e Nordeste chegassem aos Estados de destino, principalmente os do eixo São Paulo-Sul, com bons preços e com vantagens competitivas.

"Se for aprovado, o reajuste fiscal vai nos prejudicar muito. Fizemos uma peregrinação por todo o Brasil e conversamos com 12 governadores para alertá-los das consequências do reajuste fiscal. O clima melhorou muito para nós depois desse trabalho que fizemos, mas o risco é permanente. Sem o incentivo fiscal nosso produto ficará mais caro, o que não é nada competitivo. Vou trabalhar até o último momento para que o incentivo fiscal seja mantido", garantiu Perillo. (Com o site A Redação)

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