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PMDB procura Paulo para discutir aliança com PT

Trio de dirigentes do PMDB composto pelos deputados estaduais Bruno Peixoto, José Nelto e o vice-prefeito Agenor Mariano acena para manutenção da aliança com o PT; líderes tentam articular grupo para ter o maior tempo de TV e rádio nos programas eleitorais, totalizando 30 minutos; parceria estadual com o DEM pode ser enfraquecida com a união entre PMDB e PT em Goiânia; Partido dos Trabalhadores ainda pleiteia lançar candidatura própria

Transferencia de cargo, prefeito de Goiânia Foto: Demian Duarte Data: 01/04/2010 Na foto Paulo Garcia e Iris Rezende. (Foto: José Barbacena)
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(Marcus Vinícius/Diário da Manhã) - O prefeito Paulo Garcia (PT) recebe na manhã desta quarta-feira (12) um trio de dirigentes do PMDB composto pelos deputados estaduais Bruno Peixoto, José Nelto e o vice-prefeito Agenor Mariano. Na pauta: a aliança PT-PMDB. O encontro foi motivado pelo ex-prefeito Iris Rezende, que na semana passada, em declarações publicadas no DM, reforçou a necessidade de manutenção da parceria entre ambos partidos: “Enquanto a aliança (com o PT) proporcionar resultados positivos para a população não tem porque desfazer”, frisa.

O PT vive um bom momento na prefeitura. Paulo Garcia superou as dificuldades iniciais como a queda na receita (que levou à precarização dos serviços) e retomou as frentes de obras, além de normalizar a rotina da prefeitura na coleta de lixo, ajardinamento, iluminação e pagamento dos fornecedores. O boom de realizações, que se expressa numa rubrica de R$ 1 bilhão em obras lançadas em toda a cidade, reforçam o protagonismo de Paulo Garcia – e da máquina administrativa municipal –, nas eleições de 2016. No catolicismo há um dito: “não se reza para santo que não faz milagres”. Bem, para o PMDB, parece que Paulo Garcia já demonstra ares de “milagreiro”.

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Com muitas obras para inaugurar no ano que vem como o BRT-Norte Sul, etapas do Parque Macambira-Anicuns, corredores de ônibus, escolas, creches, hospitais, asfalto, praças, parques etc., a prefeitura passa a convergir atenções de partidos, lideranças, vereadores e candidatos. Mas há outros aspectos relevantes na relação entre PT e PMDB: juntos ambos detém o maior tempo de televisão e rádio nos programas eleitorais, somando algo em torno de sete minutos e meio de uma propaganda de 15 minutos para os candidatos majoritários e 15 para os proporcionais, totalizando 30 minutos no total. Iris Rezende, José Nelto, Bruno Peixoto e Agenor Rezende sabem fazer contas e, por saberem somar, têm ciência de que numa chapa os três minutos e 50 segundos do PT são três vezes maiores que os um minuto e 17 segundos do DEM. Noves fora nada, além do tempo, o PT tem muito mais militância, deputados e vereadores do que o DEM de Ronaldo Caiado, que administra o bloco do “eu sozinho”.

É possível que a solução para o impasse entre PT e PMDB comece a ser delineado a partir desta reunião. Se o DEM é hoje um aliado importante para o PMDB no Estado, com possibilidade de alianças em vários municípios, em Goiânia ele é um problema para a relação do PMDB com o PT, haja visto que o partido de Paulo Garcia, Lula e Dilma é alvo de ataques diários do líder do Democratas no Senado. É possível o entendimento de que a aliança entre PT e PMDB é posterior ao atual entendimento com o DEM, e por ser mais antiga, tem preferência na Capital. O entendimento entre os dois partidos teve início em 2008, quando a ala majoritária do PT venceu o debate interno no partido e firmou na sua convenção a aliança com o PMDB, indicando Paulo Garcia como vice de Iris e repetiu-se em 2012, na reeleição do próprio Garcia.

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Dentro do PT o próprio prefeito, além do presidente do partido, o deputado estadual Luis Cesar Bueno são defensores da aliança, que se manifesta nacionalmente com o vice-presidente Michel Temer. Lideranças como o deputado federal Rubens Otoni têm o entendimento de que onde for possível ou viável, deve ser feita a coligação entre as duas legendas. Mas há crescendo dentro do partido o sentimento de que se o PMDB não quiser manter a parceria que tem sido vitoriosa em Goiânia, o PT pode sim trilhar o caminho da candidatura própria. E, neste caso, não faltam bons nomes no partido, como, por exemplo, os deputados estaduais Humberto Aidar, Adriana Accorsi e o ex-reitor da UFG Edward Madureira. Todos eles bem votados na Capital e representantes de segmentos distintos (igreja, segurança e educação), com grande relevância social.

O apaziguamento dos humores políticos em Brasília, fruto de trabalho obstinado do ex-presidente Lula e do vice-presidente Michel Temer, está serenando os ânimos entre peemedebistas e petistas e isolando o homem-bomba Eduardo Cunha (PMDB-RJ). Os novos humores de Brasília e o bom momento administrativo em Goiânia podem selar a paz entre as duas legendas? É possível. O primeiro passo pode estar sendo dado hoje.

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