Servidores presos têm salário de até R$ 30 mil por mês
Os servidores da Secretaria de Estado da Fazenda presos nesta quarta-feira (31), sob a acusação de receberem propina para beneficiar empresários, têm remuneração de até R$ 30 mil mensais; entre os doze detidos, seis ocupam o cargo de "fiscal de tributos estaduais" e recebem, em média, R$ 29,5 mil brutos; em dezembro receberam ainda R$ 23 mil referente ao 13º salário
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Por Eduardo Almeida/Gazetaweb.com - Os servidores da Secretaria de Estado da Fazenda presos nesta quarta-feira (31), sob a acusação de receberem propina para beneficiar empresários, têm remuneração de até R$ 30 mil mensais. Os dados estão disponíveis no Portal da Transparência Graciliano Ramos e podem ser consultados por qualquer cidadão.
Edgar Sarmento Pereira Filho, João Antônio Pereira Ramos, José Vasconcelos Santos, Luiz Marcelo Duarte Maia, Alberto Lopes Balbino da Silva e Augusto Alves Nicácio Filho ocupam os cargos de "fiscal de tributos estaduais" e recebem, em média, R$ 29,5 mil brutos. Em dezembro, receberam ainda R$ 23 mil de 13º salário.
Com os descontos, que incluem o teto redutor, o imposto de renda e contribuição previdenciária, a remuneração líquida média é de R$ 16 mil.
Evaldo Bezerra Barbosa, sargento da reserva aposentado e também acusado de integrar o esquema criminoso, tem remuneração de R$ 6 mil e recebe um salário líquido cerca de R$ 5 mil. O nome de Emanuel Raimundo dos Santos, que, segundo a polícia, também integra o grupo não consta no Portal da Transparência.
OS CRIMES
Edgar Sarmento Pereira Filho e João Antônio Pereira Ramos são acusados de integrar um esquema criminoso envolvendo empresários do ramo do tabaco. Uma empresa do Rio de Janeiro simulava o envio dos produtos para Alagoas como se fosse gozar do benefício fiscal oferecido pelo Estado. Isso evitava que ela pagasse os impostos à Sefaz carioca. No entanto, apesar das notas fiscais emitidas por Alagoas, a mercadoria não saía do Rio.
José Vasconcellos Santos e Luiz Marcelo Duarte Maia são acusados de cobrar propina de uma empresa, cujo nome está mantido sob sigilo para não atrapalhar o andamento das investigações. Ambos já estavam afastados judicialmente antes da operação.
Alberto Lopes Balbino da Silva, Augusto Alves Nicácio Filho, Emanuel Raimundo dos Santos e Evaldo Bezerra Barbosa são acusados de fraudes fiscais, recebimento de propinas e lavagem de bens
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