Fernando Brito: Braga Neto é o presidente da República?
Jornalista Fernando Brito, do Tijolaço, destaca que o plano do governo para retomar o crescimento está "sob o comando militar do general Braga Netto, que teve menos votos para presidente que o Cabo Daciolo". "Mais do que dinheiro, porém, falta-lhe legitimidade política para liderar um projeto de recuperação econômica", afirma
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Por Fernando Brito, do Tijolaço - Na entrevista do Comitê de Crise do Governo Federal, com o atrativo da tardia participação do interventor de Jair Bolsonaro no Ministério da Saúde, algo chama a atenção.
É anunciado um plano de recuperação econômica de R$ 240 bilhões de reais, chamado “Pró-Brasil”, que engloba todo o tempo restante deste governo.
Sob o comando militar do general Braga Netto, que teve menos votos para presidente que o Cabo Daciolo.
O Ministro da Economia nem presente estava. O nome do presidente da República nem sequer foi mencionado pelo “chefe” do plano.
Para ele, ficaram as pobres referências de Marcelo Álvaro Antônio, o laranja do Turismo e do governador do Distrito Federal, Ibaneis Rocha, convocado para “falar pelos governadores”, sem legitimidade para isso, numa patética performance pró-liberação do comércio e das escolas que nem ele mesmo poderá realizar.
Não dá sequer para falar do general Luiz Ramos, que culpa a imprensa por mostrar o sepultamento em massa de cadáveres, que vai assustar os idosos.
O espetáculo foi patético.
O Ministro da Saúde preocupou-se em falar dos efeitos da epidemia sobre a renda dos hospitais privados e do bilhão de reais do Itaú, um trocado perto dos recursos necessários à Saúde.
Nada relativo a ações de emergência das quais o país precisa, desesperadamente.
O “Plano Marshall” ou “New Deal”, como queiram, anunciado pelo “presidente” Braga Netto é uma tolice.
Aposta, num período em que é evidente a retração do capital internacional, em que 7/8 dos recursos venham do capital privado.
O “investimento” público na recuperação econômica não chega a um mês da ajuda emergencial. As obras citadas pelo general eram de duplicações de trechos de 9 km de rodovias! A rigor, avenidas urbanas, nada perto de uma revolução viária.
Mais do que dinheiro, porém, falta-lhe legitimidade política para liderar um projeto de recuperação econômica.
Pior, tem diante de si um desestabilizador cotidiano de qualquer serenidade, representado pelo presidente da República.
Amanhã, num vídeo no TV Afiada, trato mais aprofundadamente deste tema.
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