CONTINUA APÓS O ANÚNCIO
Mídia

Folha demonstra aflição com voto de Peluso

Em editorial, jornal de Otávio Frias Filho pede que STF defina logo se Cezar Peluso poderá votar e se o empate favorece os réus, como reza a doutrina, ou se Ayres Britto votará duas vezes

Folha demonstra aflição com voto de Peluso (Foto: Montagem/247)
CONTINUA APÓS O ANÚNCIO

✅ Receba as notícias do Brasil 247 e da TV 247 no canal do Brasil 247 e na comunidade 247 no WhatsApp.

247 – A Folha de S. Paulo, comandada por Otávio Frias Filho, também está preocupada com a possibilidade de empate no julgamento da Ação Penal 470. E quer que o STF defina logo se Cezar Peluso votará de forma fatiada ou contra todos os réus. Mais: a Folha quer saber se prevalecerá a doutrina que reza “in dubio pro reo” em caso de empate ou se Ayres Britto votará duas vezes. Leia:

Surpresas e dúvidas

CONTINUA APÓS O ANÚNCIO

O Supremo Tribunal Federal, no julgamento do portentoso caso do mensalão, revela-se superlativo também na tendência a causar sobressaltos. A esta altura do processo, ainda faltam definições sobre o percurso a seguir.

Há duas semanas, o juízo principiou com altercações explícitas entre integrantes do STF. Aí se destacaram o relator Joaquim Barbosa e o revisor Ricardo Lewandowski, na posição natural de protagonistas desta fase inicial do julgamento.

CONTINUA APÓS O ANÚNCIO

Engalfinharam-se primeiro no debate sobre a hipótese extemporânea de desmembrar o processo e julgar a maior parte dos 38 réus na primeira instância. O embate seguinte se deu sobre o chamado "fatiamento" do voto do relator.

Contrariado por ter feito seu voto em peça única, o revisor ensaiou rebelar-se, mas terminou por acatar o procedimento. A cordialidade do revisor não pareceu suficiente, porém, para desfazer a convicção de que apresentaria um voto em muito contrário ao do relator.

CONTINUA APÓS O ANÚNCIO

Logo no primeiro bloco, ou "fatia", veio a surpresa de anteontem: acompanhou todas as condenações decididas por Barbosa para o núcleo de desvio de dinheiro público montado no fundo Visanet pelo empresário Marcos Valério e por seus parceiros do PT.

Ontem, Lewandowski inverteu o curso, divergiu do relator e passou a absolver de várias acusações o ex-presidente da Câmara João Paulo Cunha (PT). Mas o fez com serenidade e fundamentação minuciosa, no que devolveu ao julgamento uma atmosfera de discordância normal num colegiado.

CONTINUA APÓS O ANÚNCIO

Nem por isso se desfaz certa ansiedade perniciosa com os caminhos do STF num processo da relevância do mensalão. Não se sabe ao certo como votará o ministro Cezar Peluso, cujo prazo de aposentadoria vence em dez dias. Não faz sentido que leia seu voto completo e se pronuncie sobre itens ainda não abordados pelo relator, mas é duvidoso que se possa impedi-lo de assim proceder, se quiser.

Não votando Peluso sobre todos os pontos, para os restantes afigura-se a possibilidade de empate entre os demais dez ministros. E, com ela, nova e inquietante indefinição: o Supremo ainda não deu a conhecer se o empate favorecerá os réus, como reza a doutrina penal, ou se o presidente Carlos Ayres Britto votará duas vezes para desempatar, como já se fez no STF (mas não em casos criminais).

CONTINUA APÓS O ANÚNCIO

Ora, saber quantos serão os ministros a decidir, e quando, é conhecimento relevante para a estratégia da defesa, que ninguém em sã consciência cogitará restringir. O Supremo faria melhor se dirimisse logo as duas questões.

iBest: 247 é o melhor canal de política do Brasil no voto popular

Assine o 247, apoie por Pix, inscreva-se na TV 247, no canal Cortes 247 e assista:

Carregando os comentários...
CONTINUA APÓS O ANÚNCIO

Cortes 247

CONTINUA APÓS O ANÚNCIO
CONTINUA APÓS O ANÚNCIO