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Mídia

Merval, da Globo, abre o jogo e diz que o projeto contra fake news tem como objetivo pegar o dinheiro da publicidade digital

Segundo o colunista do Globo, que fez campanha pela prisão de Lula e pelo golpe de 2016, as empresas de tecnologia tiram propaganda da "imprensa profissional"

Merval Pereira e Orlando Silva (Foto: Divulgação)
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247 – O jornalista Merval Pereira, do jornal O Globo, que fez campanha pelo golpe de estado de 2016, contra a ex-presidente Dilma Rousseff, e pela prisão política em 2018 do hoje presidente Luiz Inácio Lula da Silva, o que abriu espaço para a ascensão do bolsonarismo, resolveu abrir o jogo. Em coluna publicada hoje no jornal O Globo, ele defendeu a aprovação do PL 2630, relatado pelo deputado Orlando Silva (PCdoB-SP), disse que "é preciso acabar com a bagunça" das redes sociais e deixou claro que o objetivo do grupo Globo é, na verdade, morder um pedaço da publicidade digital. Ou seja: não se trata propriamente de combater fake news nem de defender a democracia – até porque a Globo atacou a democracia valendo-se de fake news.

"É importante a aprovação do projeto de lei das Fake News para organizar a bagunça. Não é possível que as redes sociais sejam incontroláveis e não tenham responsabilidade por nada que divulgam. Afinal, são meios de comunicação, vivem de propaganda. E fizeram um sistema de negócio que tira propaganda da imprensa profissional e usa de graça o noticiário produzido por ela. É um duplo prejuízo para a imprensa, que é a base da democracia brasileira", escreve Merval.

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O colunista vai adiante e reforça sua crítica às plataformas digitais, mas não diz que empresas de mídia como a Globo podem optar por participar ou não dessas mesmas redes – a Globo, por exemplo, não atua no Youtube. "Só que é roubo de um trabalho que custa caro. O custo da estrutura que a imprensa profissional tem para apuração e checagem de notícias é alto. Acabar com a autoridade autônoma foi uma boa decisão, porque havia o perigo de, sendo ligada ao governo, acabar virando uma censura oficial, acobertada pelo projeto. É preciso aprová-lo rapidamente para dar mais responsabilidade às redes sociais", escreve Merval.

O jornalista da Globo também defendeu a suspensão do Telegram. "O Telegram é a prova disso, se acha acima da lei. Deixou de responder diversos pedidos da justiça e acabou suspenso. É uma legislação com base em outras que já estão em uso em países democratas que prezam a liberdade de expressão, como a Austrália . Se no Brasil é proibido fazer elogios ao nazismo, porque na rede social poderia fazer? Não tem lógica", finaliza o colunista.

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