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Merval faz campanha contra voto útil, o que fortalece o bolsonarismo

Colunista de O Globo comemora pesquisa que mostra a diminuição da vantagem de Lula sobre Bolsonaro

Merval Pereira (Foto: Reprodução/YouTube/O Globo)
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247 - O jornalista Merval Pereira, que apoiou a Lava Jato e o golpe contra Dilma, destacou em sua coluna publicada neste domingo que eleições regionais já provaram que nem sempre o vitorioso no primeiro turno ganha no segundo.

"Nunca quem venceu o primeiro turno presidencial perdeu, garantem os pesquisadores. Mas há exemplos regionais, como a formidável reviravolta na campanha de 1995. O candidato Hélio Costa venceu o primeiro turno com 48,8% dos votos, e Eduardo Azeredo reverteu o resultado no segundo turno, tornando-se governador mineiro. Os eleitores decidirão”, escreveu.

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Merval disse ainda que Lula não foi inocentado, invertendo a lógica e o princípio jurídico. Todos são inocentes até que sejam condenados por um juízo imparcial e competente do ponto de vista da jurisdição. Mas, para Merval, não.

"Se ele hoje se proclama inocentado pela Justiça sem que isso tenha acontecido, o que não poderá dizer depois de eleito num primeiro turno, o que nunca aconteceu desde que disputa eleições para presidente em 1989? Essa concessão popular poderá desencadear uma sensação de invencibilidade que leve a que um terceiro governo Lula possa ser mais marcado pelo autoritarismo de quem se verá como o salvador da pátria que volta nos braços do povo”, afirmou.

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Merval comemorou o resultado das pesquisas que mostram a redução da vantagem de Lula em relação a Bolsonaro.

"Como diz o jargão das pesquisas eleitorais, a 'boca do jacaré está fechando', isto é, a diferença entre Lula e Bolsonaro está diminuindo desde o início da campanha, é possível que a reta final desencadeie nos eleitores um dilema que será explorado pelos candidatos. Dar uma vitória ao ex-presidente no primeiro turno seria uma resposta contundente contra Bolsonaro, mas também dar um cheque em branco a Lula”, salientou.

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O jornalista também criticou Geraldo Alckmin, cuja escolha como vice mostra a disposição de Lula de antecipar alianças que normalmente se fariam no segundo turno, o que evitaria que uma disputa perigosa se intensifique no Brasil.

"Alckmin está exagerando tanto na sua conversão que, após ouvir a Internacional Socialista sem corar, foi para a televisão dizer que quando se referem às suas críticas anteriores à corrupção do governo petista, querem confundir o eleitorado. Ele hoje diz que foi enganado pela Lava Jato, e que ficou provado que Lula não tinha culpa de nada”, pontuou.

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Merval ainda defendeu a Lava Jato, que juristas respeitados no mundo inteiro apresentam como exemplo de erro judicial.

"Os eventuais erros da Operação Lava Jato não invalidaram as acusações de corrupção no governo petista, como aliás Lula já admitiu, e também não inocentaram o ex-presidente de nada. Considerar o ex-juiz Moro parcial, e mudar o local do julgamento fez apenas com que os processos recomeçassem do zero, sem tratar do mérito. Muitos foram arquivados, por decurso de prazo, com base na decisão do STF, poucos por falta de provas”, disse.

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