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Pepe Escobar: Trump foi manipulado e não tem como vencer uma guerra contra o Irã

Jornalista e analista internacional, Pepe Escobar, em entrevista à TV 247, afirmou que Donald Trump foi levado a acreditar que o assassinato do general Soleimani o tornaria um libertador aos olhos mundiais. Pepe registrou também que os EUA não têm poderio militar para vencer uma guerra contra o Irã. “Os mísseis iranianos contra essa base (estadunidense no Iraque) é uma resposta relativamente proporcional, mas o mais importante é a mensagem: ‘vocês não estão seguros dentro do Iraque’”, disse. Assista

Pepe Escobar, Hassan Rohani e Donald Trump (Foto: Brasil247 | Reuters)
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247 - O jornalista e analista internacional Pepe Escobar conversou com a TV 247 sobre a guerra entre Estados Unidos e Irã e sobre os desdobramentos do conflito. Ele afirmou que o presidente dos EUA, Donald Trump, foi manipulado para assassinar o general iraniano Qassem Soleimani e que somente agora está percebendo o equívoco que cometeu. Ele ainda cravou que os Estados Unidos não conseguiriam vencer uma guerra quente contra os iranianos, e que o Pentágono sabe disso.

Segundo Pepe, Trump foi manipulado por membros do Deep State a acreditar que a morte de Soleimani traria para ele a imagem de libertador, de salvador, já que o general é considerado por parte do Ocidente como um terrorista. Na interpretação do jornalista, Trump tomou conhecimento de Soleimani há pouco tempo e que decidiu matá-lo sem pensar. 

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“O Trump até alguns meses atrás nem sabia quem era Qassem Soleimani, quem sabia era o Pentágono, a CIA, o Departamento de Estado e o Departamento de Justiça, porque o Soleimani estava sob sanções, era considerado um terrorista sob sanções. O Trump tomou essa decisão sem pensar. Depois que ele tomou a decisão, quando viu a repercussão, ele começou a entender quem tinha sido o alvo, ele não sabia nada de Soleimani”.

O jornalista afirmou que uma fonte da inteligência dos Estados Unidos confirma sua versão de manipulação e também pontua que os EUA não têm proteção contra os novos mísseis do Irã. “Eu recebi um e-mail longo de uma fonte de inteligência americana pesada e fiz uma pergunta específica para ele. Ele me respondeu em detalhes dizendo que o Trump não quer uma guerra, que ele foi manipulado, que ele sabe que Israel não tem defesa contra os novos mísseis iranianos, e isso pesa muito”.

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Para Pepe Escobar, Trump se encontra agora em uma saia justa. De um lado estão membros do Deep State que não aceitam a retirada das tropas norte-americanas do Oriente Médio, o que seria do interesse de Trump. “Não é Terceira Guerra Mundial, é uma tentativa de uma facção ultrarradical dentro de Washington, do Deep State, que está desesperada com a possibilidade, muito real na cabeça deles, de que o Trump queira mesmo tirar as tropas americanas da Síria, do Iraque e do Afeganistão. Isso, do ponto de vista do Deep State, é totalmente anátema porque desaba completamente a presença americana no Oriente Médio”.

Do outro lado estão representantes do mercado financeiro aconselhando Donald Trump a não iniciar uma guerra para preservar a economia estadunidense e ocidental. “É isso que os interesses financeiros, especialmente os de Nova York, apoiam e estão soltando para Trump direto: ‘você perdeu a eleição se você continuar’. Todos os WarGames do Pentágono dizem que é impossível uma vitória americana, e as baixas americanas em termos do que eles mais temem, americanos dentro de caixões voltando para casa, poderia ser nos milhares ou até dezenas de milhares”.

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A questão central, de acordo com Pepe, é que Trump pode ter seu impeachment acelerado por parte do Deep State que controla o Senado caso decida realmente ordenar a volta das tropas do Sudoeste da Ásia.

O jornalista falou também da relação entre Irã e Rússia e disse que membros do governo russo podem ter aconselhado os iranianos sobre a melhor maneira de responder à morte de Soleimani. “Tenho certeza por exemplo de que se os iranianos escutaram o ministro da Defesa russo e o ministro das Relações Exteriores russo, eles devem ter dito: ‘olha, essa estratégia de vocês de uma resposta dura, a longo prazo e assimétrica tudo bem, não exagerem no começo, escolham algo não tão proporcional mas que passe uma mensagem’. Os mísseis iranianos contra essa base [americana em Bagdá] é uma resposta relativamente proporcional, mas o mais importante é a mensagem. A mensagem é: ‘vocês não estão seguros dentro do Iraque, e vocês não vão estar seguros dentro da Síria, dentro do Líbano e não vão estar seguros em todo o Golfo Pérsico’. A mensagem foi muito bem entendida pelo Pentágono”.

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