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Bolsonaro atrasou plano de evacuação de brasileiros na Ucrânia para não criar atrito com a Rússia

Quase 500 brasileiros viviam na Ucrânia até antes da guerra. Bolsonaro vetou que a embaixada enviasse instruções aos brasileiros para evitar criar ruídos com o governo Putin

(Foto: REUTERS | Reprodução)
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247 - "Nos dias que antecederam o encontro entre o presidente Jair Bolsonaro e seu homólogo russo, Vladimir Putin, a ordem dentro do governo era a de evitar a todo custo qualquer tema, declaração ou gesto que pudesse criar ruídos ou minar a viagem do brasileiro ao Kremlin", informa o jornalista Jamil Chade em sua coluna no portal UOL. 

"Segundo fontes diplomáticas que participam diariamente da formulação da política externa do país, um dos pontos que foi evitado foi a implementação de um plano de evacuação de brasileiros da Ucrânia. Até a guerra começar, cerca de 500 brasileiros viviam no país. Procurado pela coluna, o Itamaraty se manteve em silêncio e não respondeu ao ser questionado se houve algum contato com a comunidade brasileira antes dos ataques sobre a possibilidade de uma evacuação", informa Chade.

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De acordo com Chade, "internamente, a lógica era de que, se a embaixada do Brasil em Kiev montasse um plano e enviasse instruções aos brasileiros que viviam na Ucrânia, rapidamente a notícia chegaria à imprensa e sinalizaria que o país considerava que uma guerra era possível".

"Uma segunda fonte no Executivo também confirmou à coluna que, naqueles dias, o Kremlin insistia que não tinha intenções de atacar a Ucrânia. O próprio chanceler russo, Sergei Lavrov, chegou a acusar as potências ocidentais de histeria diante dos alertas lançados pela Casa Branca de que uma guerra era iminente. O cálculo interno no governo era de que anunciar a existência de um plano de evacuação, portanto, poderia ser interpretado no Kremlin como um ato de desconfiança em relação à palavra de Putin e de seu governo.", acrescenta. 

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"Bolsonaro viajou para Moscou em fevereiro, depois de ter tido as portas da Europa e dos EUA fechadas por líderes internacionais. Com a necessidade de ser reconhecido como um presidente que é recebido pelo mundo, seu gabinete tentou um encontro com Boris Johnson, sem êxito, e fracassou até mesmo a convencer Joe Biden a fazer uma ligação telefônica.", relata o jornalista.

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