Centenas são mortos em ataque contra etnia na Etiópia

247 - Mais de 200 pessoas, a maioria da etnia Amhara, foram mortas em um ataque na região de Oromia, na Etiópia, dizem testemunhas, culpando um grupo rebelde, que nega. Caso confirmado, trata-se de um dos mais mortíferos ataques nos tempos mais recentes, e quando se agravam as tensões étnicas no segundo país mais populoso de África.

“Contei 230 corpos. Receio que este seja o ataque mais mortal contra civis que vimos em nossa vida”, disse Abdul-Seid Tahir, morador do condado de Gimbi, à agência de notícias AP depois de escapar do ataque.

“Estamos enterrando-os em valas comuns e ainda coletando corpos. As unidades do exército federal chegaram agora, mas tememos que os ataques possam continuar se eles saírem”.

Outra testemunha, que apenas se identificou como Shambel, disse que a comunidade Amhara da região agora tenta recolocar-se em outro local “antes que aconteçam novas matanças”. Disse ainda que os Amhara estão instalados nessa área há 30 anos na sequência de um programa de reinstalação e que agora estão a ser “mortos como galinhas”.

Ambas as testemunhas culparam o Exército de Libertação Oromo (OLA, na sigla em inglês) pelos ataques.

Em um comunicado, o governo regional de Oromia também culpou o OLA, dizendo que os rebeldes atacaram “depois de serem incapazes de resistir às operações lançadas pelas forças de segurança (federais)”.

Um porta-voz da OLA, Odaa Tarbii, negou as acusações.

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