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Em rodinha de líderes do G20, Bolsonaro ataca Petrobrás e mente sobre economia e popularidade, informa Jamil Chade

Na cúpula do G20 neste sábado, em Roma, Jair Bolsonaro mentiu sobre a situação do Brasil e ainda criticou a Petrobrás e a imprensa

Bolsonaro no G20 e fachada da Petrobras (Foto: Reprodução/Twitter | REUTERS/Sergio Moraes)
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247 - "O G20 é uma rara oportunidade para que líderes busquem o contato pessoal para tratar problemas globais e resolver arestas entre países. Mas na cúpula do bloco, neste sábado, em Roma, Jair Bolsonaro (sem partido) tinha outra missão: mentir sobre a situação do Brasil e ainda criticar a Petrobrás e a imprensa", escreve o jornalista Jamil Chade,que acompanha o evento.

Chade teve acesso exclusivo à antessala do local onde o G20 se reuniria e presenciou uma conversa entre Bolsonaro e o presidente da Turquia, Recep Tayyip Erdogan, informa o UOL.

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Bolsonaro, que até então tinha trocado conversas apenas com os garçons do local, foi levado por seus assessores para falar com Erdogan. Ao se aproximar, o brasileiro pede ao tradutor: "Me ajuda aí", sorrindo nervoso.

"Na mesma rodinha de líderes estava Olaf Scholz, vencedor das eleições na Alemanha, um dos grandes parceiros comerciais do Brasil. Bolsonaro, porém, sequer olhou para o alemão e começa uma conversa com o turco. Vendo que havia sido ignorado pelo brasileiro, o homem que provavelmente irá liderar a Alemanha virou as costas e foi falar com Boris Johnson, Justin Trudeau e Modi Narendra", conta Jamil Chade.

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Ao lado dos ministros Paulo Guedes e Carlos França, Bolsonaro contou aos demais líderes que tinha amplo apoio popular e que a economia estava crescendo. Mas, sem ser perguntado, criticou a imprensa e atacou a Petrobras.

Eis a transcrição da conversa com um presidente turco impassível e que não se aventurou em fazer qualquer comentário de apoio às falas do brasileiro.

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Erdogan - Como está a situação atual hoje no Brasil, senhor presidente?

Bolsonaro - Tudo bem. A economia voltando bem forte. A mídia como sempre atacando, estamos resistindo bem. Não é fácil ser chefe de Estado em qualquer lugar do mundo.

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Erdogan - O Brasil tem grandes recursos petrolíferos

Bolsonaro - Tem, tem

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Erdogan - Petrobrás

Bolsonaro - Petrobrás é um problema. Mas estamos quebrando monopólios, com uma reação muito grande. Há pouco tempo era uma empresa de partido político. Mudamos isso.

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Erdogan - E quando é a eleição?

Bolsonaro - Daqui a 11 meses

Erdogan - Significa que o senhor tem bastante coisa ainda para fazer

Bolsonaro - Eu estou bem. Também tenho um apoio popular muito grande. Temos uma boa equipe de ministros. Não aceitei indicação de ninguém. Foi eu que botei todo mundo. Prestigiei as Forças Armadas. Um terço dos ministros [é de] militares profissionais. Não é fácil. Fazer as coisas certas é mais difícil.

O turco encerrou a conversa, sem qualquer entusiasmo.

Leia a íntegra.

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