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Lugo: processo contra Dilma é legal, ”mas não é legitimo”

Ex-presidente do Paraguai Fernando Lugo, vítima de um golpe parlamentar em 2012, afirmou que a crise política brasileira pode se estender "sem dúvida alguma" a outros países da América Latina; segundo ele,  o processo de impeachment da presidente Dilma Rousseff é legal, "mas não é legítimo", porque tentam "tirar do poder uma presidente eleita democraticamente em eleições livres"; para Lugo, o processo é realizado "por uma oposição que se uniu conjunturalmente para querer mudar modelos" políticos

Ex-presidente do Paraguai Fernando Lugo, vítima de um golpe parlamentar em 2012, afirmou que a crise política brasileira pode se estender "sem dúvida alguma" a outros países da América Latina; segundo ele,  o processo de impeachment da presidente Dilma Rousseff é legal, "mas não é legítimo", porque tentam "tirar do poder uma presidente eleita democraticamente em eleições livres"; para Lugo, o processo é realizado "por uma oposição que se uniu conjunturalmente para querer mudar modelos" políticos (Foto: Paulo Emílio)
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Do Opera Mundi - O ex-presidente do Paraguai Fernando Lugo, vítima de um golpe de Estado parlamentar em 2012, afirmou que a crise política brasileira pode se estender "sem dúvida alguma" a outros países progressistas da América Latina.

Em entrevista concedida em Moscou à emissora russa RT na última quinta-feira (21/04), o hoje senador paraguaio sugeriu que há uma ação dos Estados Unidos no processo brasileiro e considerou similar o julgamento político vivido por ele e o impeachment que está sendo perpetrado contra a presidente Dilma Rousseff.

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"Com [o presidente da Bolívia,] Evo Morales tentaram várias vezes, com [o presidente do Equador, Rafael] Correa também (...). Os que têm certa tranquilidade são Tabaré [Vázquez] no Uruguai, que foi reeleito e Michelle Bachelett, no Chile", disse em referência às várias tentativas de golpe e processos desestabilizadores denunciados por líderes regionais.

Durante a conversa, Lugo pondera que o processo enfrentado por Dilma é legal, "mas não é legítimo". Isso porque, em sua visão, tentam "tirar do poder uma presidente eleita democraticamente em eleições livres" e, além disso, o processo é realizado "por uma oposição que se uniu conjunturalmente para querer mudar modelos" políticos.

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Ele lembra que os golpes na América Latina foram reeditados, como se pôde ver em Honduras, em 2009, e no Paraguai, em 2012, onde foi usado o argumento do impeachment, ou julgamento político, para destituí-lo, sem que tenha tido direito à legítima defesa.

Para o ex-presidente, os esforços de integração na América Latina, com o Mercosul [Mercado Comum do Sul], a Unasul [União das Nações Sul-Americanas] e a Celac [Comunidade dos Estados Latino-Americanos e Caribenhos] são considerados "uma espécie de rebeldia pelo império do norte".

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Lugo ressaltou que "a integração conseguida na América Latina é [considerada] um mau exemplo para o restante do mundo" e apontou que "o processo de integração, de autodeterminação dos povos tem que ser respeitados pelas forças externas a nossos países".

Com relação a uma possível participação dos Estados Unidos no processo no Brasil, Lugo opina que "quando eles não querem, as coisas não acontecem" porque eles "têm os mecanismos, a força a autoridade, o diálogo e a diplomacia para romper processos democráticos construídos com grande esforço na região".

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