Senador colombiano denuncia que há um genocídio no país
"Isto é um genocídio", disse o senador colombiano Pablo Catatumbo, ao se referir aos assassinatos de ex-guerrilheiros desde a assinatura em 2016 do Acordo de Paz entre o Estado e as extintas FARC-EP
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Prensa Latina - "O Governo deve atuar de maneira efetiva e implementar o Acordo de Paz. O assassinato de Manuel Antonio González (ex-combatente) ratifica que isto é um verdadeiro genocídio", escreveu Catatumbo no Twitter.
González foi assassinado nas imediações do Espaço Territorial de Capacitação e Reincorporação da localidade de Santa Luzia, no município de Ituango (norte). Manuel era um jovem trabalhador, comprometido com a paz e, recentemente, um feliz pai de família. As balas assassinas arrebataram-lhe a vida, e a nós uma porção de esperança. Quantos mortos mais para que se tome a sério a paz? - questionou Omar Restrepo, deputado pelo partido Força Alternativa Revolucionária do Comum.
Em um contexto marcado por persistentes fatos de violência, a Missão de Verificação da ONU na Colômbia pediu recentemente para que seja preservada a paz e que esta seja sustentável na Colômbia.
As Nações Unidas exaltam o valor de muitas comunidades em todo o território nacional que dia a dia trabalham pela reconciliação e a convivência, destacou. Apesar das dificuldades e dos desafios na implementação do Acordo, pontuou, a Missão espera que "a paz e a segurança conseguidas sejam uma oportunidade para avançar em prol de a prosperidade e inclusão e que permita afiançar o sustento da paz no país".
A três anos da assinatura do Acordo, desde o 21 de novembro último, milhares de colombianos exigem nas ruas e praças que o acordo de paz seja implementado de maneira integral, ao mesmo tempo em que recusam a violência e políticas do governo. A violência tem sido uma constante na realidade colombiana. Ameaças, atentados, sequestros e assassinatos repetiram-se, tendo entre suas vítimas frequentes membros das comunidades indígenas, líderes sociais e ex-guerrilheiros.
Tudo isso sucede a três anos da assinatura do Acordo de Paz e a 16 meses da chegada de Iván Duque à Presidência da República. Diferentes vozes coincidem em que centenas de líderes sociais, indígenas e ex-guerrilheiros têm sido assassinados desde a assinatura do Acordo, ao mesmo tempo em que aumentam os chamados a sua implementação integral para que se estabeleça uma paz com justiça social e duradoura
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