Tijolaço: Nos EUA, “federais” não se metem em eleição e obedecem presidente
"Depois da admoestação pública feita há dias pelo presidente Barack Obama, o diretor do FBI mandou uma carta ao Congresso recuando de suas afirmações que um novo lote de e-mails vazados pelo Wikileaks desembocaria numa nova investigação contra a candidata democrata Hillary Clinton. Como se vê, o FBI 'tirou o time' rapidamente da disputa eleitoral", diz o jornalista Fernando Brito, que destaca a diferença do Brasil, onde agentes da PF fizeram campanha para Aécio Neves e não foram afastados
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Por Fernando Brito, do Tijolaço - Depois da admoestação pública feita há dias pelo Presidente Barack Obama, o diretor do FBI (Federal Bureau of Investigation, a polícia federal norte-americana) mandou uma carta ao Congresso recuando de suas afirmações que um novo lote de e-mails vazados pelo Wikileaks desembocaria numa nova investigação contra a candidata democrata Hillary Clinton.
O comunicado, segundo o The New York Times:
O diretor do FBI, James B. Comey, disse ao Congresso no domingo que tinha visto nenhuma evidência de um lote recém-descoberto de e-mails para mudar sua conclusão de que Hillary Clinton não devem enfrentar acusações sobre seu tratamento de informações classificadas.
O anúncio de Mr. Comey, apenas dois dias antes da eleição, foi um esforço para limpar a nuvem de suspeita que ele tinha colocado publicamente sobre sua campanha presidencial no mês passado, quando ele alertou o Congresso que o FBI iria examinar os e-mails.
“Com base em nossa revisão, não mudaram as nossas conclusões que nós expressos em julho com relação a secretária Hillary Clinton”, escreveu Comey em uma carta aos líderes de várias comissões do Congresso . Ele disse que os agentes tinham revisto todas as comunicações de e para Hillary no novo lote de quando ela era secretária”.
Como se vê, o FBI “tirou o time” rapidamente da disputa eleitoral.
Aqui, se delegados federais que faziam campanha por Aécio Neves na internet tivessem sido – como deveriam ser – afastado das investigações da Lava Jato, o mundo teria vindo abaixo. rmbora se tratasse do mais natural a ser feito quando uma investigação começa a ser conduzida por pessoas de posições político-eleitorais expostas.
“Intocáveis”, porém, não são os policiais do FBI, como aparece nos filmes. São os nossos.
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