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Poder

"A eleição será violenta", prevê Freixo, candidato ao governo do Rio. "As milícias transformaram poder territorial em eleitoral"

Em entrevista ao Sua Excelência, O Fato, na TV 247, o deputado do PSB diz que pretende “governar com Lula” e que 2022 será plebiscito sobre a Constituição de 88

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247 – “Hoje você tem uma sociedade armada no Brasil. Vai ser um ano de eleição violenta. A gente não tem ideia do que vamos viver em 2022 em relação a uma sociedade armada, violenta e tensionada”, adverte o deputado federal Marcelo Freixo (PSB-RJ), candidato ao governo do Rio de Janeiro que espera formalizar nas próximas semanas o apoio oficial do Partido dos Trabalhadores à sua candidatura. O mais provável é o PT indicar o presidente da Assembleia Legislativa do estado, André Ceciliano, como candidato ao Senado na chapa com Freixo. 

“A realidade de 2022 é completamente diferente da eleição de 20 anos atrás, da primeira eleição vencida pelo Lula. E é completamente diferente da década de 1990”, diz com propriedade, em bate-papo com os jornalistas Luís Costa Pinto e Eumano Silva durante o programa Sua Excelência, O Fato, que foi ao ar na manhã da última 5ª feira, 27 de janeiro, na TV 247, e cuja íntegra pode ser assistida no link disponibilizado no fim deste texto. Prossegue Freixo: “Lá, na década de 1990, você tinha as disputas do PSDB, as disputas do PT, e as divergências políticas eram colocadas de maneira clara no tabuleiro. Isso mudou, e mudou para pior”. 

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Segundo ele, “a ascensão da extrema-direita (e isso tem conexão direta com toda uma crise de representatividade que explode em 2013, mas isso é outra história, abre uma espécie de parêntese na própria fala, durante a entrevista) é um contexto mais amplo… mas, o fato é: a extrema-direita chega ao poder pelos seus méritos e pelos nossos erros. Hoje, diante da ameaça à democracia, diante dos efeitos da pandemia, diante da fome, diante do desemprego, diante de todas as questões que estão colocadas de maneira urgente, a gente tem de buscar o que temos de comum. Não o que a gente tenha de idêntico. O que a gente tem de comum, a gente tem de botar na mesa”.

"Não se pode tratar as divergências dentro do golpe", adverte

“A eleição de 2022 será um plebiscito sobre a Constituição de 1988”, formula com propriedade o deputado Marcelo Freixo durante a entrevista. “A Constituição de 1988 vai continuar valendo?”, pregunta-se. E segue: “vai continuar sendo um parâmetro para nossas instituições, ou ele vai acabar? Se Bolsonaro vencer, acabou a Constituição de 1988. É sério e grave isso”. 

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Para ele, uma grande aliança eleitoral como a Federação Partidária que PT, PSB, PCdoB e PV estão construindo, e que pode ser integrada por outras legendas, tem de buscar os consensos possíveis no amplo espectro que se unirá para a vitória de Lula – na luta política deles. “O que temos em comum? Temos de comum garantir as instituições, garantir a Democracia, garantir o processo de transparência, garantir o crescimento econômico, reduzir o desemprego, acabar com a fome”, diz. “Como todos os setores, que têm inúmeras divergências, podem contribuir nesta agenda?”, segue se perguntando e respondendo às próprias provocações. “A partir daí, o que nos divide, vamos dar trato secundário. Vamos tratar em algum momento, mas, você trata a divergência dentro da Democracia. Não se pode tratar a divergência dentro do golpe”, pondera. 

Provocado a falar das intervenções militares que usaram o argumento do combate à criminalidade no estado para perpetuar uma cultura de violência, Freixo foi taxativo. “Nenhuma intervenção militar resultou em algo positivo para o Rio de Janeiro”, afirmou. “Gasta-se fortunas com elas e o resultado é completamente inexpressivo, inexistente. Não acho que a milícia tenha piorado ou intensificado suas ações em função da última intervenção”, disse. E prosseguiu no tema: “a milícia é anterior, eu presidi a CPI das Milícias em 2008, a última intervenção foi em 2018, dez anos depois. Criava-se uma política de aceitação das milícias. Muitas lideranças do Centro faziam uma política de aceitação das milícias. As milícias transformaram o poder territorial em poder eleitoral. Em poder político. E fizeram isso exatamente porque elas não nascem da exclusão, nascem do poder. Não se vai fazer uma mudança sem um grande pacto na sociedade”. 

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Marcelo Freixo, por fim, dá pistas sobre como pretende “convocar” o ex-presidente, num eventual 3º mandato, para o desafio de fazer o Governo Federal se engajar na reconstrução do estado. “Crescimento, investimento, emprego e mudança nas polícias.  Eu quero governar o Rio do lado do Lula. E já disse a ele: presidente Lula, você vai me ajudar a governar o Rio de Janeiro”, afirmou. “Vamos resolver o problema da segurança pública em quatro anos? Claro que não. Mas a gente vai dar uma diretriz, vai disputar a polícia, vai criar uma outra noção de território, vai modernizar o aparato policial a partir da tecnologia”. 

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