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Aprovação da PEC da Transição no Senado foi vitória confortável de Lula

Foram 64 votos a favor e apenas 16 contra no primeiro turno e 64 a 13 no segundo, bem acima da exigência mínima de 49 votos

Luiz Inácio Lula da Silva (Foto: Divulgação)
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BRASÍLIA (Reuters) - O Senado aprovou nesta quarta-feira em dois turnos e por ampla margem de votos a PEC da Transição que expande por dois anos o teto de gastos em 145 bilhões de reais para o pagamento do Bolsa Família de 600 reais, conferindo ao governo eleito uma vitória em seu primeiro grande teste no Legislativo.

Com placares folgados --foram 64 votos a favor e apenas 16 contra no primeiro turno e 64 a 13 no segundo, bem acima da exigência mínima de 49 votos para a aprovação--, senadores chancelaram o texto acordado pelo governo do presidente eleito Luiz Inácio Lula da Silva.

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Concluída a tramitação no Senado, a PEC segue agora à Câmara dos Deputados, onde deve ser anexada a uma outra proposta como forma de agilizar sua votação na Casa.

O placar também se mostrou favorável ao próximo governo quando o plenário do Senado analisou emendas com potencial de reduzir as aspirações da equipe de transição.

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Emenda apresentada pelo Podemos que previa uma ampliação menor do teto de gastos, de 100 bilhões de reais, em vez dos 145 bilhões, e por apenas um ano, em vez de dois, só recebeu o voto "sim" de 27 parlamentares. Outros 50 rejeitaram a sugestão de mudança.

O plenário da Casa também recusou, por 55 a 23, emenda do PP que mirava apenas no prazo da PEC, retirando a previsão de expansão do teto em 2024. Uma terceira emenda, do PL, partido de Bolsonaro, também foi rejeitada.

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Ao defender a PEC em plenário, o senador Marcelo Castro (MDB-PI), autor da PEC e relator-geral do Orçamento, argumentou que ela é necessária não somente para o pagamento do Bolsa Família, mas também para a recomposição do Orçamento "minimamente naquilo que é imprescindível, indispensável para o Brasil continuar funcionando no ano que vem".

"Por que dois anos? Porque se nós votarmos a excepcionalização só por um ano, quando chegar em abril do próximo ano, o próximo presidente será obrigado a enviar para este Congresso a LDO (Lei de Diretrizes Orçamentárias)", argumentou, ao defender o texto aprovado na véspera pela CCJ.

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Aprovada por acordo na véspera pela Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) do Senado, a PEC autoriza uma ampliação do teto de gastos em um valor 30 bilhões de reais menor do que aquele inicialmente buscado pelo governo eleito.

Também estabelece que o novo governo enviará até agosto de 2023 um novo arcabouço fiscal para substituir o teto de gastos.

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Além da expansão do teto de gastos para o Bolsa Família, a PEC também abre margem de 23 bilhões de reais nas contas do ano que vem para investimentos, com base em parcela de excesso de arrecadação do governo.

O texto prevê ainda a antecipação para 2022 do montante com base na parcela das receitas extraordinárias. Na prática, isso pode ajudar no desbloqueio de recursos de ministérios e na liberação de verbas de emendas parlamentares -- inclusive as emendas do relator, popularmente chamadas de orçamento secreto.

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Uma fonte do governo eleito disse que o espaço aberto antecipadamente com possibilidade de liberação de recursos para o orçamento secreto aumentava o "interesse na aprovação bastante" no Congresso.

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