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"Não é correto neste momento dizer que as Forças Armadas são globalmente golpistas", diz Dino

"As Forças Armadas foram profundamente instadas a fazer um golpe de estado e não deram", argumentou o ministro

Flávio Dino (Foto: Tom Costa/MJSP | Valter Campanato/Agência Brasil)
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247 - O ministro da Justiça e Segurança Pública, Flávio Dino (PSB), participou nesta terça-feira (17) de uma reunião virtual com integrantes do Centro de Estudos da Mídia Alternativa Barão de Itararé e afirmou ser preciso "separar o joio do trigo" nas Forças Armadas, distinguindo a atitude golpista de alguns de seus integrantes e a postura "legalista" da instituição como um todo.

"A questão militar atravessa toda a história republicana, à direita e à esquerda. Se a gente for lembrar figuras luminares da nossa trajetória histórica a gente vai encontrar os militares golpistas e os militares legalistas. Quer dizer, de Prestes à Henrique Teixeira Lott e Médici a gente vai encontrar uma miríade de perfis de militares que ocuparam papéis relevantes da história brasileira, positivamente ou negativamente. Então não é algo de agora. O que faço questão de destacar é que nós temos que, institucionalmente, separar o joio do trigo, distinguir o que é postura de membro das instituições e o que é a postura da instituição. Nesse sentido, tenho sublinhado que as Forças Armadas foram, como instituição, profundamente instadas a fazer um golpe de estado e não deram - como instituição - e me refiro a antes e depois da posse. Então há muitos 'contudos', 'todavias' e 'entretantos' em relação ao papel de vários integrantes das corporações armadas, mas institucionalmente as Forças Armadas objetivamente, até aqui, foram majoritariamente legalistas. Considerando a instituição, não é correto neste momento dizer que as Forças Armadas são globalmente golpistas. Pelo contrário. Acho que elas têm se comportando, até este dia 17 de janeiro, de modo mais legalista do que golpista", argumentou.

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Ele afirmou que os atentados terroristas promovidos por bolsonaristas em Brasília no último dia 8 foram "fruto de infiltração dentro das instituições" e destacou que "uma parte significativa do aparato de segurança ou se omitiu ou concordou com o que acontecia".

"Há um encadeamento entre os quatro anos do bolsonarismo e o que nós vimos no dia 8 de janeiro. O dia 8 de janeiro não foi algo que surgiu por geração espontânea, fruto apenas do desatino de centenas ou poucas milhares de pessoas. Isso é uma violência ínsita à extrema direita que veio cumulativamente se manifestando, até chegar nessa explosão mais evidente", afirmou Dino, lembrando dos episódios de violência após a vitória do presidente Lula (PT) na eleição: fechamento de estradas por bolsonaristas, instigação política contra a diplomação da chapa Lula/Alckmin no dia 12 de dezembro pelo Tribunal Superior Eleitoral (TSE), planejamento do estado de defesa no TSE, tentativa de atentado a bomba no dia 24 de dezembro, ameaças à posse do presidente e, finalmente, o 8 de janeiro.

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