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PSOL poderá apoiar Lula já no primeiro turno, afirma Juliano Medeiros

Presidente do partido avaliou positivamente primeira rodada de negociações com PT e apresentou demandas programáticas; veja vídeo na íntegra

Juliano Medeiros (Foto: Brasil 247)
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Opera Mundi - No programa 20 MINUTOS ENTREVISTA desta quarta-feira (09/03), o jornalista Breno Altman entrevistou Juliano Medeiros, presidente nacional do Partido Socialismo e Liberdade (PSOL), sobre as estratégias da legenda para as próximas eleições.

“O PSOL poderá apoiar Lula já no primeiro turno, mas temos nossas condições, não vamos dar um cheque em branco para ninguém”, afirmou.

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Ele se mostrou bastante otimista sobre a possibilidade de construir uma unidade desde o princípio e revelou exclusivamente a Opera Mundi o conteúdo da primeira reunião entre as delegações de sua legenda e do PT. 

“Nossa primeira condição é construir uma unidade em torno de um programa que ofereça uma saída para a crise, com medidas concretas que se expressem no discurso do candidato e em seu programa. O segundo aspecto é a nossa participação na campanha, que papel o PSOL pode desempenhar para que ela represente um programa e propostas de esquerda. E o terceiro tema é a chapa, queremos uma chapa que expresse um programa de mudanças. Lula pode fazê-lo, Alckmin acho complicado porque ele apoiou a reforma trabalhista, privatizações, o teto de gastos e até agora não vi nenhuma autocrítica”, argumentou Medeiros.

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Segundo ele, essas ressalvas foram expressadas à delegação do PT já nesse primeiro momento. Ele também ponderou que, individualmente, nenhuma das três condições poderiam representar impeditivos e que, em última instância, o apoio do PSOL à candidatura de Lula desde o primeiro turno e a abdicação do lançamento de uma candidatura própria dependerá da conferência eleitoral que acontecerá no final de abril.

Do ponto de vista da delegação petista, Medeiros contou que a resposta foi positiva. Disse ter visto uma disposição a rever muito do que os governos petistas passados fizeram, uma postura maior de enfrentamento “e de não naturalizar as medidas de ataque ao povo brasileiro nos últimos anos”.

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“Em relação à nossa posição sobre a chapa, há uma compreensão de que a nossa crítica tem uma base, tem fundamento. Agora haverá uma reunião entre as fundações para aprofundar o tema programático”, explicou.

Ele ainda disse que o fato de o PSOL estar negociando a formação de uma federação com a Rede, em vez do PT, não representa um empecilho para que seja criada uma coligação eleitoral.

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“Simplesmente não optamos realizar uma federação com o PT porque é um partido muito maior. Existe uma desproporção muito grande e ajustar isso para esta eleição avaliamos que não seria possível”, justificou.

Construção programática

Medeiros explicou o motivo de nestas eleições o PSOL ter abdicado de ter, pela primeira vez desde sua fundação, um candidato próprio à Presidência.

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“Para além de tudo que já tinha sido feito no governo golpista de Michel Temer, a agenda de Bolsonaro e da elite brasileira é ainda mais violenta. Com a pandemia, não conseguimos a força da mobilização social para interditar essa agenda, de modo que a eleição de 2022 acabou se tornando a mais concreta porta de saída para o inferno que estamos vivendo e o PSOL não pode estar alheio a isso”, discorreu.

Mesmo assim, o presidente destacou três medidas programáticas fundamentais do PSOL, das quais não abrirá mão, mesmo no caso de uma coligação com o PT. Ele ressaltou, ainda, que o programa tem o objetivo de criar uma experiência superior ao enfrentamento do neoliberalismo em comparação aos governos petistas de 2003 a 2016.

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“Para isso, precisamos reverter as medidas implementadas depois de 2016 e superar o legado do golpe: a reforma da previdência, a reforma trabalhista, o estrangulamento fiscal do Estado e todas as demais medidas da agenda neoliberal. Em segundo lugar, precisamos de uma agenda muito firme de combate à crise climática, que é algo emergencial. Em terceiro lugar, precisamos mudar a natureza do financiamento do Estado brasileiro através de uma profunda reforma tributária”, enumerou.

Medeiros também sublinhou que, mesmo que o PSOL declare seu apoio a Lula já no primeiro turno, Guilherme Boulos seguirá sendo candidato ao governo do estado de São Paulo, “mas não há dúvidas de que sempre estamos abertos ao diálogo para pensar na construção de uma unidade em São Paulo. Seria incoerente dizer que estamos fechados a essa possibilidade’.

Ele, porém, não discutiu a possibilidade de que a legenda forme parte de um eventual governo Lula, extrapolando a aliança eleitoral. “É um debate que ainda não foi feito e que vai levar em conta muitas coisas. Sobre qual programa o governo estará assentado? Qual será sua composição? Ele vai atrair para o Estado os conflitos da sociedade? Dependerá de muitas coisas”, admitiu.

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