Brasília também tem seu bode expiatório?
O deputado Natan Donadon, condenado pelo STF, é o bode expiatório da vez, como José Dirceu foi à época do chamado "mensalão"; na Câmara Legislativa do DF também há um bode que vai para o sacrifício, para proteger os demais: o deputado Raad Massouh
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Hélio Doyle - Muitos dos que votaram pela perda de mandato de Natan Donadon devem ter pensado que, em vez do deputado condenado e preso, ali poderiam estar um deles. O azar de Donadon é que foi pego e, coisa rara, condenado. Sem prejuízo de sua provável culpa, ele é o bode expiatório da vez, como José Dirceu foi à época do "mensalão". Alguém tem de ser punido para que os demais não sejam.
Na Câmara Legislativa do Distrito Federal também há um bode que vai para o sacrifício, para proteger os demais. Se o deputado Raad Massouh fez mesmo o que dizem, fez o que quase todos os deputados distritais fazem – inclusive seus principais acusadores. E em um valor pequeno para a realidade da Câmara, pois sua emenda era de apenas R$ 100 mil. Distritais acusados, denunciados e condenados continuam exercendo seus mandatos e muitos deles votarão pela cassação de Raad, que sequer responde a processo na Justiça.
O Poder Legislativo, com a ajuda de parte da imprensa udenista – e que talvez sequer saiba o que é isso — tem a hipocrisia entre seus "valores". Se a lei e a indignação levassem à cassação de todos os culpados, faltaria quórum para as sessões.
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