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Brasília

Conselho de Ética abre processo contra Cunha

Por 11 votos a 9, o relatório preliminar do deputado Marcos Rogério (PDT-RO), que estabelece a abertura do processo disciplinar contra o presidente da Câmara, Eduardo Cunha, foi aprovado nesta terça-feira, após várias manobras do deputado; agora Cunha terá 10 dias úteis para apresentar sua defesa escrita; o prazo começa a correr depois que o deputado for notificado; decisão fica para 2016; alvo de operação da Polícia Federal nesta terça-feira, Cunha pode anunciar sua renúncia à presidência da Câmara em coletiva de imprensa

Por 11 votos a 9, o relatório preliminar do deputado Marcos Rogério (PDT-RO), que estabelece a abertura do processo disciplinar contra o presidente da Câmara, Eduardo Cunha, foi aprovado nesta terça-feira, após várias manobras do deputado; agora Cunha terá 10 dias úteis para apresentar sua defesa escrita; o prazo começa a correr depois que o deputado for notificado; decisão fica para 2016; alvo de operação da Polícia Federal nesta terça-feira, Cunha pode anunciar sua renúncia à presidência da Câmara em coletiva de imprensa (Foto: Gisele Federicce)
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Carolina Gonçalves - Repórter da Agência Brasil

Por 11 votos a 9, o Conselho de Ética da Câmara votou a favor do parecer do deputado Marcos Rogério (PDT-RO), que mantém a admissibilidade da representação contra o presidente da Câmara, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), por quebra de decoro parlamentar. A decisão dá continuidade às investigações sobre o presidente da Câmara. Cunha é acusado dos crimes de corrupção passiva e lavagem de dinheiro e por ter prestado falso testemunho quando depôs na CPI da Petrobras negando ter contas secretas no exterior.

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Cunha será notificado e terá 10 dias para apresentar defesa por escrito.

Minutos antes da votação, os deputados chegaram a tentar acordos para adiar a sessão pela oitava vez. Os parlamentares queriam evitar novas estratégias para atrasar o andamento da representação protocolada há mais de 60 dias e também evitar a judicialização do processo.

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Pedido de vista

Antes, o Conselho de Ética decidiu, por 11 votos a 9, rejeitar pedidos de vista ao parecer apresentado pelo novo relator do caso, Marcos Rogério (PDT-RO). Segundo alguns deputados do conselho, "a ordem veio de lá" da defesa de Cunha que agora quer concentrar esforços para responder as acusações na Justiça.

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Em uma sessão um pouco mais tranquila do que a da última semana, deputados do Conselho de Ética decidiram, sob divergências, não aceitar o pedido de vista que tinha sido apresentado pelo deputado Genecias Noronha (SD-CE) que poderia adiar, pela oitava vez, a votação do relatório favorável ao seguimento das investigações sobre Eduardo Cunha no colegiado. A decisão foi questionada por aliados do peemedebista.

O deputado Carlos Marun (PMDB-MS) disse que, como o Supremo Tribunal Federal (STF), decidiu acatar a decisão de afastar o relator anterior do processo, Fausto Pinato (PRB-SP), sobre alegação de que o parlamentar é de partido da base de Cunha o que regimentalmente é proibido, a sessão de hoje pode ser anulada. Aliados de Cunha sinalizaram que vão recorrer à Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) da Câmara para anular a decisão do conselho sobre o pedido de vista.

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Araújo havia se manifestado contra o pedido do Solidariedade, mas, diante de críticas, Araújo pediu para que o colegiado decidisse por voto. Por 11 a 9, os deputados decidiram não aceitar o pedido de vista e dar sequencia a votação do parecer que vai definir o destino de Cunha.

O deputado Júlio Delgado (PSB-MG) reforçou o discurso do relator do processo, Marcos Rogério (PDT-RO). "Não há nulidade se não houve prejuízo. Não dá para anular o ato porque não teve um prejuizo a ele [Eduardo Cunha]. Se tem uma pessoa que nunca foi prejudicada foi ele", afirmou. Na mesma linha, o deputado Zé Geraldo (PT-PA) afirmou que qualquer ato tomado pelo Conselho de Ética no processo contra ele, Cunha vai anular.

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Marcos Rogério defendeu que se trata do mesmo processo e que o momento é pela admissibilidade do processo. "Somente a instrução probatória poderá permitir que sejam examinados os fatos capaz de assegurar ou não a conduta imputada ao representado", defendeu.

PSDB

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Depois de quase três horas de sessão com ânimos mais controlados, a temperatura chegou a subir, pelo menos uma vez, quando o deputado Nelson Marchezan Junior (PSDB-RS) pediu para que as "tropas de Cunha e Dilma" permitam que o processo contra o presidente da Câmara seja votado com celeridade.

"É vergonhoso a Polícia Federal estar dentro do Senado, da Câmara, enquanto nós, parlamentares, parecemos manter [José] Sarney no Poder, Renan [Calheiros] no Poder. As pessoas nos cobram nas ruas como [Eduardo] Cunha (PMDB-RJ)) continua na presidência da Casa. Como mantemos Dilma [Rousseff] com tanta roubalheira. Eu não estou na mesma lata de lixo que alguns colegas que estão aqui", atacou provocando gritos e tumultos que rapidamente foram controlados.

No bate boca entre Marchezan e o deputado Léo de Brito (PT-AC) que também usou o termo quadrilha para mencionar a "aliança" do PSDB com Cunha no processo de impeachment da presidente Dilma Rousseff, Zé Geraldo, em tom irônico, anunciou que Cunha daria uma coletiva a tarde para anunciar que renunciaria ao cargo. "Estou fazendo uma análise de conjuntura", explicou.

Operação Catilinárias

A Polícia Federal cumpriu na manhã de hoje (15) mandado de busca e apreensão na residência oficial de Eduardo Cunha (PMDB-RJ), em Brasília, e na casa particular dele, no Rio de Janeiro. A ação faz parte de uma nova fase da Operação Lava Jato e foi autorizada pelo ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Teori Zavascki.

No total, a Polícia Federal cumpre 53 mandados de busca e apreensão no Distrito Federal (9), em São Paulo (15), no Rio de Janeiro (14), Pará (6), em Pernambuco (4), Alagoas (2), no Ceará (2) e no Rio Grande do Norte (1).

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