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Brasília

Testemunha diz ao Senado que não houve prejuízo no Plano Safra

O ex-secretário de Política Agrícola do Ministério da Agricultura, André Nassar, disse nesta terça (14) à Comissão Processante do Impeachment que o Banco do Brasil (BB) tinha interesse em “fazer o dinheiro girar” ao emprestar dinheiro do Plano Safra para produtores rurais, mesmo recebendo os repasses em atraso por parte do governo; segundo Nassar, que depôs como testemunha de defesa da presidente Dilma Rousseff, o banco tinha a garantia de que receberia a equalização dos juros do programa e a manutenção dos pagamentos aos produtores foi importante para evitar que houvesse um prejuízo maior para o país

O ex-secretário de Política Agrícola do Ministério da Agricultura, André Nassar, disse nesta terça (14) à Comissão Processante do Impeachment que o Banco do Brasil (BB) tinha interesse em “fazer o dinheiro girar” ao emprestar dinheiro do Plano Safra para produtores rurais, mesmo recebendo os repasses em atraso por parte do governo; segundo Nassar, que depôs como testemunha de defesa da presidente Dilma Rousseff, o banco tinha a garantia de que receberia a equalização dos juros do programa e a manutenção dos pagamentos aos produtores foi importante para evitar que houvesse um prejuízo maior para o país (Foto: Valter Lima)
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Mariana Jungmann - Repórter da Agência Brasil

O ex-secretário de Política Agrícola do Ministério da Agricultura, André Nassar, disse hoje (14) à Comissão Processante do Impeachment que o Banco do Brasil (BB) tinha interesse em “fazer o dinheiro girar” ao emprestar dinheiro do Plano Safra para produtores rurais, mesmo recebendo os repasses em atraso por parte do governo.

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Segundo Nassar, que depôs como testemunha de defesa da presidenta afastada Dilma Rousseff, o banco tinha a garantia de que receberia a equalização dos juros do programa e a manutenção dos pagamentos aos produtores foi importante para evitar que houvesse um prejuízo maior para o país.

“O fato de ter havido ou não atraso – não estou afirmando nada – não prejudicou o andamento do Plano Safra. Eu acho que, do meu ponto de vista como secretário de Política Agrícola e do ponto de vista do setor agropecuário, agricultura patronal, comercial, familiar, isso é o mais importante, porque você não gera descontinuidade em uma política que, se tivesse ocorrido, teria gerado uma crise de grandes proporções para o setor”, disse.

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Em vários momentos, no entanto, ao ser questionado sobre detalhes referentes aos atrasos nos pagamentos, o ex-secretário explicou que tinha informações repassadas pelos técnicos do Tesouro Nacional e não era da sua alçada tratar do assunto. “Toda informação que eu tenho a respeito dos pagamentos que foram feitos me foi passada pelo Tesouro Nacional, pelas mesmas pessoas que depuseram aqui anteriormente”, disse.

Agilizar processo

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A oitiva de Nassar foi a mais rápida entre todas as testemunhas ouvidas pela comissão até o momento porque os senadores favoráveis ao impeachment de Dilma adotaram a estratégia de reduzir o número de perguntas ou se inscrever e não perguntar nada para acelerar o depoimento. Além disso, alguns senadores disseram que a testemunha não tinha conhecimento técnico suficiente para embasar as respostas e optaram por não questionar.

“Diante do fato de que nós estamos tratando das pedaladas fiscais, e o que está sendo discutido aqui são basicamente duas irregularidades, entendo que a testemunha não tem condições de respondê-las. Primeiro porque não é advogado para entender se houve ou não uma operação de crédito”, disse a senadora Simone Tebet (PMDB-MS). “E tendo em vista que não trabalhou no Banco Central, para tentarmos entender por que o Banco Central não contabilizou essa dívida, que é uma dívida pública muito grande com os bancos públicos, na época de mais de R$ 40 bilhões, fora a subdimensão também do resultado primário de R$ 7 bilhões. Eu agradeço à testemunha, não quero, com isso, demonstrar que estou sendo indelicada. Vou aguardar a próxima testemunha”.

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Ao fazer sua intervenção, a advogada de acusação, Janaína Paschoal, também disse que a testemunha não tinha total conhecimento sobre os fatos em questão e acusou a defesa de estar arrolando testemunhas apenas para procrastinar o processo. “É muito chato que nós fiquemos aqui, de certa forma, atrasando o processo, ouvindo 40 testemunhas. No primeiro momento, a testemunha já disse que assumiu o cargo posteriormente ao período objeto deste processo. Então, eu gostaria de pedir à Presidência que se atentasse para isso”, disse.

Desrespeito

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O senador Lindbergh Farias (PT-RJ) acusou a advogada de ser muito “agressiva” com o depoente. A estratégia de redução do número de perguntas também foi criticada pelos senadores favoráveis à presidenta afastada como sendo uma falta de respeito com Nassar. “Eu estava inscrita em sexto lugar e a senadora Vanessa deve ser a segunda. Eu pulei de lugar. Então, isso quer dizer que nós estamos sendo mais ágeis agora? Os nossos integrantes não estão participando”, disse a senadora Gleisi Hoffmann (PT-PR).

A última testemunha prevista para hoje seria o ex-presidente do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) Luciano Coutinho, mas ele foi dispensado a pedido do advogado de defesa, José Eduardo Cardozo.

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