TSE conclui teste de urnas e afirma que ninguém conseguiu alterar votos ou afetar apuração
A conclusão afasta os ataques de Jair Bolsonaro contra o sistema eleitoral brasileiro

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247 - O Tribunal Superior Eleitoral (TSE) informou, nesta sexta-feira (13), que investigadores não conseguiram alterar voto, mudar o resultado da urna ou fraudar o processo eleitoral. A Corte terminou a última rodada de testes públicos de segurança nas urnas eletrônicas que serão usadas nas eleições de outubro. A conclusão do TSE é contrária aos ataques, sem provas, feitos por Jair Bolsonaro (PL) à segurança do sistema eleitoral brasileiro. Ele tem defendido a atuação das Forças Armadas na checagem do resultado das eleições, o que é interpretado pela oposição, pelo Judiciário e por setores da sociedade civil como uma tentativa de golpe, caso ele seja derrotado no pleito de outubro.
De acordo com o portal G1, os chamados "testes de confirmação" do TSE começaram na quarta (11). Nessa etapa, investigadores que encontraram falhas no primeiro exame, em novembro de 2021, verificaram se as vulnerabilidades apontadas tinham sido resolvidas.
Ao fim do trabalho de apuração, apenas cinco dos 29 "ataques" ao sistema burlaram alguma das barreiras de proteção do TSE, porém o ministro Luís Roberto Barroso afirmou na época que nenhum deles chegou perto de acessar o sistema das urnas ou da apuração.
Apesar de o risco ter sido descartado, o TSE informou ter corrigido as falhas apontadas pelo teste de novembro.
O juiz auxiliar da presidência do TSE, Sandro Nunes Vieira, disse que o balanço das investigações foi "positivo". "Os planos de ataques que foram bem sucedidos em novembro tiveram melhorias implementadas pelo TSE que foram satisfatórias. Foram resolvidos os problemas encontrados pelos investigadores na primeira fase. Nos 29 planos [de ataques], nenhum deles conseguiu alterar nenhum voto sequer ou mexer na totalização dos votos registrados ou totalizados pelo TSE".
Reações
Membros do Poder Judiciário têm reagido aos ataques de Bolsonaro às urnas eletrônicas. O presidente do TSE, Edson Fachin, disse nessa quinta que o processo eleitoral tem de ser acompanhado por "forças desarmadas", uma crítica à defesa feita por Bolsonaro para as Forças Armadas checarem o resultado das próximas eleições.
No final de abril, o ministro Luís Roberto Barroso (STF) afirmou em tom de crítica que as Forças Armadas 'estão sendo orientadas a atacar e desacreditar' o processo eleitoral brasileiro.
Também teve reação no exterior. Políticos norte-americanos receberam um dossiê com alerta para os ataques de Bolsonaro às urnas brasileiras. De acordo com o documento, as acusações de Bolsonaro devem levar "governos internacionais a apoiar a democracia brasileira".
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