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Comitê de médicos que aconselha Doria alerta para risco de superdisseminação da Covid-19 em igrejas, autorizadas a funcionar

O grupo recomendou um livro ao governador que lista a ocorrência de diversos surtos ao redor do mundo oriundos de aglomerações religiosas. Na fase vermelha do Plano SP, igrejas foram autorizadas a funcionar, mas desde que sigam um protocolo de normas sanitárias

Culto da Universal (Foto: Eduardo Matysiak)

247 - Médicos que integram o centro de contingência do coronavírus em São Paulo alertaram o governador do estado, João Doria (PSDB), sobre o risco de superdisseminação da Covid-19 em igrejas, cujo funcionamento foi autorizado durante a fase vermelha do Plano SP.

Por decisão de Doria, igrejas passam a ser serviços essenciais. Centros religiosos poderão funcionar desde que sigam um protocolo de orientações sanitárias, como operar com 30% da capacidade e impor o distanciamento social.

Os médicos fizeram um pedido para que Doria lesse o livro 'Covid Reference', editado por Sebastian Kamps e Christian Hoffmann, que lista diversos surtos ao redor do mundo oriundos da presença de pessoas em igrejas. 

Por exemplo, a igreja Shincheonji em Daegu, Coreia do Sul, iniciou um surto que atingiu mais de 6.000 pessoas. Na comuna de Mihouse, na França, um evento cristão com 2.500 fiéis é visto como o pontapé inicial da pandemia no país. 

Os médicos temem que a "superdisseminação" em locais "superdisseminadores", como igrejas, pode desfazer todo o esforço da fase vermelha. 

As informações foram reportadas originalmente na Folha de S.Paulo.