CONTINUA APÓS O ANÚNCIO
Sudeste

Ronnie Lessa orientava a filha a esconder peças de armas na alfândega

De acordo com mensagens extraídas do celular de Ronnie Lessa, indiciado por tráfico de armas e acusado de participação no caso Marielle Franco, ele orientava Mohana, filha dele, a enviar as peças que ele comprava no Brasil e mandava entregar no endereço dela, nos EUA. Depois a encarregava de mandar a encomenda para o Rio. Peças seriam vendidas para milicianos no Rio

Ronnie Lessa, Mohana Lessa, sua filha, e Marielle Franco (Foto: Reprodução | Mídia NINJA)
CONTINUA APÓS O ANÚNCIO

✅ Receba as notícias do Brasil 247 e da TV 247 no canal do Brasil 247 e na comunidade 247 no WhatsApp.

247 - Os diálogos entre o sargento reformado da PM Ronnie Lessa e a filha Mohana Lessa, apontaram que o assunto tratado era compra de peças de fuzis. As conversas ocorreram entre junho e setembro de 2018 e foram extraídos de um dos celulares de Lessa. Mensagens analisadas pela Polícia Civil e pelo Grupo de Atuação Especial no Combate ao Crime Organizado (Gaeco) do Ministério Público (MP-RJ) apontaram que ele orientava Mohana a enviar as peças que ele comprava no Brasil e mandava entregar no endereço dela, em Atlanta, nos Estados Unidos. Depois ele encarregava Mohana de mandar a encomenda para o Rio.

Segundo as investigações, o PM instruía a jovem a colocar o material em embalagens menores, retirando-as dos pacotes originais, para não chamar atenção quando passassem pelo setor alfandegário.

CONTINUA APÓS O ANÚNCIO

Lessa foi indiciado pela Delegacia Especializada em Armas, Munições e Explosivos (Desarme), do Rio de Janeiro por tráfico internacional de armas. O militar, que morava no mesmo condomínio de Jair Bolsonaro no Rio, está preso desde março do ano passado, acusado de matar, junto com o ex-PM Élcio de Queiroz, a vereadora Marielle Franco (PSOL) e o motorista dela, Anderson Gomes em 2018. 

De acordo com o jornal O Globo, nas mensagens, Lessa explicava como separar o material que ele comprava pela internet de casa, na Barra da Tijuca, no Rio, e mandava entregar na casa dela, nos EUA. A filha trabalhava como treinadora de futebol em Atlanta, onde morava. 

CONTINUA APÓS O ANÚNCIO

Nas mensagens, ele não disfarçava a pressa que tinha pela chegada das peças. Investigadores apontaram que ele juntava as peças e vendia as armas para milicianos e quadrilhas responsáveis pela comercialização de drogas em comunidades. 

Num diálogo do dia 5 de junho de 2018, Mohana pergunta ao pai o que ele prefere DHL ou Fedex.

CONTINUA APÓS O ANÚNCIO

O PM responde: "DHL, é mais rápida sempre". E pede uma foto para Mohana da "invoice". A filha diz não saber o significado da palavra. Ele explica: "é a nota fiscal". É um documento usado para faturar serviços prestados ou contratados, e produtos comprados ou vendidos no exterior. A invoice é fornecida por quem presta o serviço ou vende o produto, e consta a descrição do produto ou serviço, a forma de pagamento, a quantidade e o preço.

O policial rastreava todas as compras e avisava a filha. Além de colocar em sacos pequenos, a orientação do pai era pedir a filha que descriminasse as peças como sendo de metal ou de borracha, conforme o material.

CONTINUA APÓS O ANÚNCIO

Lessa está preso no Presídio Federal de Porto Velho, em Rondônia, desde o dia 12 de março de 2019. No dia seguinte à sua prisão, a Delegacia de Homicídios e o Gaeco encontraram 117 peças de fuzis na casa de um amigo do sargento, no Méier. Na época, a Polícia Civil informou que foi a maior apreensão de fuzis feita pela instituição fluminense. As armas, réplicas de M16, todas novas, estavam desmontadas em caixas.

iBest: 247 é o melhor canal de política do Brasil no voto popular

Assine o 247, apoie por Pix, inscreva-se na TV 247, no canal Cortes 247 e assista:

Carregando os comentários...
CONTINUA APÓS O ANÚNCIO

Cortes 247

CONTINUA APÓS O ANÚNCIO
CONTINUA APÓS O ANÚNCIO