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Fazenda doada por Raduan Nassar à UFSCar sofre com guerra ideológica de reitora bolsonarista

Alinhada à guerra ideológica estimulada pelo governo Bolsonaro, a reitoria da Universidade Federal de São Carlos (UFSCar) vem promovendo uma série de retaliações ao Campus Lagoa do Sino, imensa área dada pelo escritor Raduan Nassar à universidade em 2011. A fazenda, exemplo de produtividade no país, ruma ao sucateamento, a partir da gestão de Wanda Hoffmann

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247 - Alinhada à guerra ideológica estimulada pelo governo Bolsonaro, a reitoria da Universidade Federal de São Carlos (UFSCar) vem promovendo uma série de retaliações ao Campus Lagoa do Sino, imensa área dada pelo escritor Raduan Nassar à universidade em 2011. A fazenda, exemplo de produtividade no país, ruma ao sucateamento, a partir da gestão de Wanda Hoffmann. 

A reportagem do jornal Folha de S. Paulo descreve a situação do Campus: "açudes estão esvaziados, alunos não conseguem ter aulas práticas numa estufa que estragou, prédios que deveriam estar prontos ainda não estão (...) O escritor [Raduan Nassar] doou a fazenda de “porteira fechada”, com equipamentos de irrigação, tratores e colheitadeiras e produção de culturas como soja e milho. Mas muitas coisas não estão mais como o escritor deixou nem foram cumpridas exigências da doação, como a de que até 2017 deveria haver 25 mil m² de área construída no local. Nassar reduziu pela metade a cláusula de área erguida, que ainda não foi alcançada."

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A matéria ainda acresenta que "a reitora da UFSCar, Wanda Hoffmann, culpa javaporcos pela seca de um açude e afirma que a conclusão de uma obra fará com que os compromissos em relação aos prédios construídos sejam cumpridos. No campus, a reportagem encontrou dois açudes esvaziados e ouviu queixas sobre falta de incentivo a pesquisas. Uma estufa não é usada por alunos de engenharia agronômica e biologia devido a estragos em sua cobertura. Em outro local, um espaço para receber aves também não é usado desde sua construção, há um ano, por falta de autorização para a compra dos animais."

A sequência de desmandos e negligência chega a assustar. Uma pesquisa com vacas leiteiras que poderia resultar em numa verba de R$ 100 mil à universidade não foi adiante por veto administrativo. Docentes, estudantes e servidores descrevem ainda o represamento de verbas na produção agrícola da fazenda, o caos no habitat de jacarés com a seca de açudes, a transposição inadequada de água e a derrubada de árvores em área de preservação.

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A reportagem do jornal Folha de S. Paulo, assinada por Marcelo Toledo, ainda sublinha que "há apenas sete técnicos para dez laboratórios nos cinco cursos oferecidos no campus —administração, ciências biológicas e engenharias agronômica, ambiental e de alimentos. O quadro de funcionários atinge apenas a metade do ideal, segundo eles."

Assista a entrevista com Messias Barboza, assessor do escritor Raduan Nassar:

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